Governo inicia plano de cortes para garantir meta

Entre as primeiras medidas estão cortes na máquina administrativa e a restrição do uso de aviões da FAB por ministros

O corte de despesas do governo, anunciado recentemente pela presidenta Dilma Rousseff, começa a sair do papel. Entre as primeiras medidas adotadas para atingir a meta fiscal estão cortes na máquina administrativa e a restrição do uso de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) por ministros.

Anunciado nessa quinta-feira (2), o decreto com a mudança deve ser publicado na próxima semana. A partir da data, o uso de aeronaves da FAB ficará restrito a situações de emergência e missões oficias.

O ajuste nos gastos públicos tem sido foco principal da equipe de governo. Segundo anunciou a presidenta Dilma, em entrevista à agência “Bloomberg”, no início da semana, os cortes serão feitos no custeio da máquina administrativa.

“Nós temos uma folha do governo federal no PIB (Produto Interno Bruto) muito pequena e ela vem se mantendo. Saiu de 4,8 para 4,2 hoje. Então, não resolvemos o problema com cortes em pessoal, não é isso. Nós resolvemos o problema com corte no custeio. Vamos ter de racionalizar gastos”, explicou.

Para iniciar a contenção dos custos, Dilma afirmou que os ministros devem apresentar as prioridades de cada pasta, a fim de definir o que deve ser contingenciado no Orçamento deste ano. Os projetos prioritários do governo não devem sofrer cortes, conforme confirmou a presidenta durante a entrevista.

“Não vamos reduzir a nossa política social, porque não é ela a responsável pela grande maioria dos gastos. O que vamos fazer é um enxugamento em todas as atividades administrativas do governo, um grande enxugamento. Vamos racionalizar e continuar fazendo o que a gente sempre faz”, detalhou a presidenta.

O esforço para diminuir gastos se faz necessário para o cumprimento da meta de superávit primário de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todas as riquezas do País e equivale a uma economia de R$66,3 bilhões para o setor público.

Por Michelle Chiappa, da Agência PT de Noticias

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