Haddad: Querer aumentar velocidade nas vias é irresponsabilidade
A 11 dias das eleições, prefeito de São Paulo foi à “TV Brasil” e ao “El País” e reforçou: argumento da indústria da multa é irresponsável
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Ao participar de sabatina nesta quarta-feira (21), o prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Fernando Haddad (PT-SP), alertou para os riscos das promessas de aumentar a velocidade máxima permitida em vias como as marginais Pinheiros e Tietê.
Para Haddad, o oportunismo eleitoral foi colocado acima da segurança no trânsito. Transmitida ao vivo, a entrevista foi realizada pela “TV Brasil” e pelo site brasileiro do jornal “El País”.
“Eu acredito que a postura dos meus adversários tem sido de grande irresponsabilidade. Eles omitem da população que esta é uma recomendação da Organização Mundial da Saúde. As Nações Unidas escolherem esta década como a década da redução da violência no trânsito para que todos os países reduzam a menos de 50% o número de mortos e feridos no trânsito”, argumentou.
Quando Haddad assumiu, havia 100 feridos por dia na cidade – feridos a ponto de precisar ir para o hospital, reforçou o prefeito. E a média de mortes era de 4 por dia. Os números estão caindo drasticamente, de acordo com os boletins de ocorrência levantados pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo.
“O mundo inteiro está fazendo isto. É uma novidade no Brasil, que São Paulo está liderando. Não existe indústria da multa. Existe indústria da infração, da morte e da mutilação. Porque estas são as consequências de não se atender às regras de trânsito”, afirmou.
Para o final de 2017, o objetivo é antecipar o cumprimento da meta estipulada para 2020. O trabalho deve ser intensificado nos bairros, com atenção especial aos pedestres, vítimas de atropelamento, e aos motociclistas.
Na sabatina, o prefeito explicou que, algumas vezes, a velocidade máxima permitida varia entre 30 km/hora e 50 km/hora na mesma rua porque há um hospital ou uma escola, por exemplo. Na frente deste tipo de estabelecimento, a velocidade diminui.
São Paulo tem 800 pontos de radar na cidade toda – todos sinalizados e com a localização disponível na internet. “Se fosse pegadinha, a gente não ia colocar na internet”.
Outro assunto abordado na sabatina foram as contas públicas de São Paulo, que sua gestão colocou em ordem. Segundo o prefeito, este é um dos principais aspectos de seu governo.
“Eu pedi demissão da gestão da Marta Suplicy no meio do mandato. Por que eu fiz isto? Porque ela resolveu gastar mais do que arrecadava e gerou um rombo que eu não gostaria de participar. Ela deixou um calote”.
O prefeito citou a renegociação da dívida pública da cidade que, pela primeira vez, caiu mais da metade.
Haddad explicou que colocar as contas em ordem não tem relação com investimento sociais. Sua gestão conseguiu bater recorde de investimentos, principalmente nas periferias, com a construção de 15 CEUs, 3 hospitais na periferia (Parelheiros, Brasilândia e Jabaquara).
Abaixo, a íntegra da sabatina:
Da Redação da Agência PT de Notícias