Haddad se une à frente internacional contra extrema direita
Ex-prefeito se encontrou com os dois ex-ministros da Espanha Felipe Gonzáles e José Luis Zapatero para aumentar mobilização contra governos autoritários
Publicado em
Desde o final das eleições, Fernando Haddad (PT) tem sido um dos porta-vozes da luta contra o avanço da extrema direita no mundo. E, para tirar do papel a ideia de criar uma frente ampla internacional que se mobilize diante de ideais autoritários, tem se encontrado com diversas lideranças de países como a Espanha, onde esteve nesta terça (22).
Haddad se encontrou na capital, Madri, com Felipe Gonzáles e José Luis Zapatero, dois ex-primeiros ministros espanhóis, e também com Juan Carlos Monedero, fundador do partido Podemos – criado em 2014, tornou-se uma das grandes representatividades da esquerda europeia.
Em novembro de 2018, Haddad já havia alertado o mundo sobre os perigos da submissão de Jair Bolsonaro aos pensamentos retrógrados e extremistas de Donald Trump durante o evento “Brazil Talk: O Brasil após as Eleições“, realizado na Universidade de Columbia (EUA).
“Esse movimento do Brasil em direção aos Estados Unidos, de um acoplamento quase que sem mediação, cego – esse movimento ‘vamos fazer tudo o que os EUA quiserem, os Estados Unidos de Trump’ –, vai moldando uma nova ordem, vai comprometer conquistas que são caras do que a gente chama de Ocidente”, disse ele, durante a palestra.
Haddad esteve no país a convite do senador norte-americano Bernie Sanders e do ex-ministro grego Yanis Varoufakis, justamente para avançar na formação do que chamou de “Internacional Progressista que pretende reunir forças para lidar com os desafios que nos estão sendo colocados”.
Semanas depois, esteve no Uruguai onde voltou a defender união das esquerdas e dos movimentos progressistas para enfrentar o avanço da extrema direita em todo o mundo. A afirmação ocorreu durante evento realizado em Montevidéu, na sede do Plenário Intersindical de Trabajadores – Convención Nacional de Trabajadores (PIT-CNT), maior central sindical do país.
“O resultado da eleição no Brasil choca menos pela derrota da esquerda, que poderia ter ocorrido para forças de centro ou de direita, e isso faz parte do jogo democrático, mas muito mais por conta da vitória da extrema direita, que colocou uma pessoa com o perfil de Bolsonaro à frente de uma das maiores democracias do mundo”, afirmou.
Da Redação da Agência PT de Notícias