História de José Marcos de Sena se confunde com a de Lula

Pernambucano, retirante e metalúrgico que hoje vive em Guarulhos esteve no Acampamento Lula Livre para prestar solidariedade e apoio ao ex-presidente

Matheus Lobo

José Marcos Esteves de Sena

Pernambucano, retirante, metalúrgico que perdeu um dedo em um acidente de trabalho. A história de José Marcos Esteves de Sena se confunde com a do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele é uma das mais de sete mil pessoas que estiveram no Acampamento Lula Livre, no entorno da Superintendência da Polícia Federal, no Bairro Santa Cândida, em Curitiba (PR).

Sena veio de Guarulhos, região metropolitana de São Paulo (para onde foi há quase 50 anos em busca de uma vida melhor), para manifestar sua indignação com a prisão política do conterrâneo. “O Lula é nordestino igual eu. Veio para São Paulo com marmita azeda e um ovo dentro, a mesma coisa que eu. O que estão fazendo com ele não é justo”, sintetiza.

Nascido na zona rural do município de Catende, a 140 km da capital Recife (PE) e a 130 km da terra de Lula (Caetés), ele trabalhou desde criança na roça para ajudar os pais. Foi para a capital pernambucana e de lá para São Paulo, em busca de melhores condições de vida.

Trabalhou como ajudante de serviços gerais durante anos, até se tornar metalúrgico. “Tinha que trabalhar com tudo”, relembra. Em meio ao serviço na fábrica, José Marcos perdeu um dedo e, desde então, ganha a vida como músico, tocando zabumba em um trio nordestino.

Morador da Vila Nova Cumbica, periferia de Guarulhos, ele conta que se envolveu logo cedo com a associação comunitária para reivindicar moradia digna para a população da  periferia e áreas de risco. “A gente briga pela casa para o pessoal ter onde morar”, revela.

Aos 62 anos, o homem de poucas palavras chora ao falar da prisão política do ex-presidente petista. “Estão fazendo isso com o Lula porque ele foi um bom presidente, e o que estão fazendo com ele é injusto. Querem o povo na favela e analfabeto, porque quem não tem estudo vota em qualquer pessoa”, considera o pernambucano.

Por Brasil de Fato 

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