Humberto articula apoio de parlamentares do Mercosul a Dilma

Em Montevidéu, o líder relatou a situação política do Brasil e solicitou aos membros da bancada apoio à presidenta “contra o golpe que está em curso no país”

Reunido no Uruguai para debater a situação política do continente e trocar experiências sobre democracia, representação e transparência com os membros do Parlamento do Mercosul (Parlasul), o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), declarou, nesta segunda-feira (14), que congressistas do bloco irão divulgar uma carta de repúdio ao “golpe” tramado contra a presidenta Dilma Rousseff.

Humberto, que está em Montevidéu desde sábado reunido com os demais parlamentares progressistas do grupo, relatou a situação política do Brasil e solicitou aos membros da bancada apoio à presidenta “contra o golpe que está em curso no país”.

Segundo ele, os membros do Parlasul se sensibilizaram com o tema e decidiram divulgar uma carta de repúdio ao movimento golpista em que será declarado apoio integral a Dilma.

“Estamos vendo no Brasil uma tentativa de impedimento de uma presidenta eleita de forma legítima pelo povo brasileiro e que não cometeu qualquer crime. São setores da oposição que não se conformam com o resultado das urnas e brigam contra a democracia”, afirmou.

O senador ressaltou que o Paraguai, membro do bloco junto com Brasil, Argentina, Venezuela e Uruguai, viveu situação semelhante em junho de 2012, quando o ex-presidente Fernando Lugo foi deposto em um procedimento contestável, realizado pelo Senado daquele país, que durou apenas 30 horas e passou para a História como “golpe paraguaio”.

“Lá, o golpe foi ainda pior porque não foi assegurado sequer o amplo direito de defesa do então chefe do Executivo, em razão de que o Paraguai foi suspenso do Mercosul por conta da ruptura da ordem democrática. Só voltou depois que realizou novas eleições. Os congressistas do Parlasul estão acompanhando esses atentados que desrespeitam o voto dos eleitores e prejudicam a integração da região”, acredita.

Para Humberto, os membros do bloco têm consciência de que houve muito esforço e sacrifício por parte dos países da região para alcançar a democracia. “Não podemos jogar tudo isso fora agora porque alguns descontentes com o processo democrático querem ganhar no tapetão”, disse.

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da assessoria parlamentar

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