Indicado por Moro, conselheiro diz que mulheres têm obsessão por policiais
Wilson Damázio já declarou à imprensa que mulheres tem “tara sexual” por agentes da polícia e associou homossexualidade a desvio de conduta
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O ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PSL), Sérgio Moro, em uma atitude de total desrespeito à população brasileira, empossou como conselheiro de seu ministério o ex-diretor do Sistema Penitenciário Federal Wilson Salles Damázio, que já fez declarações abertamente machistas e homofóbicas à imprensa.
Reportagem da Folha de S. Paulo, anunciou que Wilson associou homossexualidade a “desvio de conduta” e afirmou que mulheres têm “tara sexual” por policiais.
Wilson Damázio entra no cargo oferecido anteriormente à Ilona Szabó de Carvalho, cientista política brasileira especialista em segurança pública e política de drogas. Moro revogou a nomeação de Ilona por pressão de Bolsonaro e seus apoiadores, ela seria a única mulher do conselho, e quando recebeu a notícia de sua saída, afirmou à imprensa que Jair perdeu a oportunidade de debater questões importantes como a violência doméstica.
Em 2013, quando era secretário de Defesa Social de Pernambuco, Damázio cedeu entrevista ao Jornal do Commercio e falou sobre um caso de abuso que teria sido cometido por policiais e afirmou que “desvio de conduta a gente tem em todo lugar. Tem na casa da gente, tem um irmão que é homossexual, tem outro que é ladrão, entendeu?”.
Na mesma entrevista, o conselheiro declarou que “o policial exerce um fascínio no dito sexo frágil. Eu não sei por que é que mulher gosta tanto de farda” e que “todo policial militar mais antigo tem duas famílias, tem uma amante, duas”.
Por causa dessas declarações, diversas entidades feministas e em defesa das mulheres e dos direitos humanos reagiram contra Damázio, que foi afastado do cargo de secretário.
Da Redação da Secretaria Nacional de Mulheres do PT com informações da Folha de S. Paulo