Inflação de alimentos continua massacrando os mais pobres

De acordo com o IBGE, os indicadores divulgados hoje registraram alta de 14,09% nos preços dos alimentos e bebidas. O crescimento é o maior no setor desde 2002 quanto atingiu 19,47%. Contra a vontade do governo, a urgência da continuidade do auxílio emergencial se torna ainda mais evidente

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Desde o golpe em 2016, inflação só aumenta

O desgoverno de Bolsonaro-Guedes mantém o guilhotina da inflação de alimentos sobre o poder aquisitivo dos trabalhadores e dos mais pobres. De acordo com o IBGE, os indicadores divulgados hoje registraram alta de 14,09% nos preços dos alimentos e bebidas. O crescimento é o maior no setor desde 2002 quanto atingiu 19,47%.

Os dados divulgados demonstram a gravidade da situação econômica e social do país, imerso em níveis recordes de desemprego. Contra a vontade do governo, a urgência da continuidade do auxílio emergencial se torna ainda mais evidente. A defesa do auxílio emergencial é uma das propostas centrais do PT para o início dos trabalhos legislativos.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo IBGE,  fechou dezembro com alta de 1,35% e encerrou o ano de 2020 em 4,52%. Também segundo o IBGE, foi a maior alta desde 2016, quando o índice registrou crescimento de 6,29%. É mais uma das nefastas consequência do golpe de Estado que afastou a ex-presidente Dilma.

Os preços do óleo de soja (103,79%) e do arroz (76,01%), básicos para a alimentação dos mais pobres, dispararam de vez. O  mesmo ocorreu com o leite longa vida (26,93%), as frutas (25,40%), as carnes (17,97%), a batata-inglesa (67,27%) e o tomate (52,76%).

Ainda segundo a pesquisa do IBGE, os alimentos para consumo no domicílio ficaram 2,21% mais caros em dezembro, assim como a alimentação fora do domicílio cresceu 0,77%, com destaque para refeição (0,74%) e o lanche (0,89%). O item habitação também puxou a inflação com aumento de 5,25% no ano passado, influenciado pela alta de 9,14% na energia elétrica.

Inflação de alimentos é recorde desde 2002

20 maiores altas

  1. Óleo de soja: 103,79%
  2. Arroz: 76,01%
  3. Feijão fradinho: 68,08%
  4. Batata-inglesa: 67,27%
  5. Laranja-lima: 53,1%
  6. Tomate: 52,76%
  7. Batata-doce: 48,1%
  8. Repolho: 46,43%
  9. Cenoura: 45,98%
  10. Feijão preto: 45,38%
  11. Laranja baía: 44,23%
  12. Maçã: 42,76%
  13. Banana-d’água: 39,28%
  14. Peixe tainha: 38,98%
  15. Banana-maçã: 38,55%
  16. Colchão: 36,93%
  17. Morango: 36,56%
  18. Abobrinha: 34,58%
  19. Pimentão: 34,16%
  20. Carne de Peito: 33,99%

Da Redação

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