Ligada ao PSB, Central Sindical apóia Dilma

No primeiro turno, parte da CTB ligada ao PSB apoiou Marina; agora toda a central está com Dilma apesar do apoio do PSB a Aécio

A Rede Brasil Atual noticia que a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), ligada ao PSB, declarou apoio à reeleição da presidenta Dilma Rousseff. “No primeiro turno, parte dos sindicalistas, vinculados ao PCdoB, apoiou Dilma, enquanto dirigentes ligados ao PSB aderiram à candidata de Marina Silva”, informa a reportagem. “Agora, apesar da posição do partido favorável a Aécio Neves, a base sindical pessebista resiste à aliança com o tucano”.

Veja a íntegra da reportagem abaixo:

Em reunião de sua executiva, hoje (9), em São Paulo, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) manifestou apoio à reeleição de Dilma Rousseff à Presidência, na avaliação de que a petista reúne condições para atender a reivindicações trabalhistas e identificando a outra candidatura com retrocesso político e social. No primeiro turno, parte dos sindicalistas, vinculados ao PCdoB, apoiou Dilma, enquanto dirigentes ligados ao PSB aderiram à candidata de Marina Silva. Agora, apesar da posição do partido favorável a Aécio Neves, a base sindical pessebista resiste à aliança com o tucano.

“A maior parte ficou contrariada. Grande número de dirigentes diz que não vota em Aécio”, afirma o secretário sindical do PSB, Joilson Cardoso, um dos vices da CTB, ao comentar a decisão da executiva do partido. Amanhã, a corrente Sindicalismo Socialista Brasileiro (SSB), braço sindical do PSB, vai se reunir para buscar consenso dentro da executiva. A discussão se dá em meio a um momento interno turbulento, já que na próxima segunda-feira, em Brasília, o PSB terá eleição para escolher sua nova comissão executiva nacional.

Voto vencido na reunião de ontem – o sindicalista defendeu inicialmente o apoio a Dilma –, Joilson posicionou-se pela liberação dos filiados ao PSB. “Defendi a liberação no sentido de que os companheiros que, como eu, não queriam votar no Aécio, pudessem se manifestar.” Além de buscar um entendimento interno, a posição visava a respeitar as visões estaduais e dos segmentos que atuam no partido. “A rejeição (a Aécio) no meio sindical é muito grande”, observa Joilson, militante histórico do PSB, ao qual é filiado desde 1986.

Mas há também setores favoráveis ao tucano, acrescenta. “Minha posição como secretário vai ser ouvir todas as partes. E construir saídas.” Amanhã, por exemplo, a reunião será com a base fluminense. “A tendência no Rio é não votar com Aécio e apoiar Dilma”, adianta o dirigente, que não se manifestou sobre a reunião da CTB.

No final da tarde, a central divulgou resolução em que identifica Aécio com “o risco do retrocesso neoliberal”. “Na economia, acena com um ajuste fiscal que trará de volta o desemprego em massa, a flexibilização e redução de direitos trabalhistas, arrocho salarial, fim da política de valorização do salário mínimo, criminalização e repressão das lutas e movimentos sociais; no plano externo vai restabelecer a política de subordinação aos EUA e ressurreição da Alca”, diz a nota da CTB.

Para a entidade, o primeiro turno mostrou “preocupante avanço da direita”, levando a uma composição “ainda mais conservadora” do Congresso. Na avaliação da CTB, isso aconteceu “no rastro de uma forte campanha midiática contra as empresas estatais e o governo Dilma sob a falsa bandeira do combate à corrupção”. A nova conjuntura deverá “exigir um redobrado esforço de mobilização para barrar a terceirização ilimitada e outros projetos patronais que tramitam no parlamento”.
Da Redação da Agência PT de Notícias

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