Lindbergh diz que crime contra o Estado Democrático não é passível de anistia

Líder do PT na Câmara ressaltou que qualquer articulação no Congresso para votar proposta para livrar golpistas da cadeia seria um desrespeito ao Supremo

Gabriel Paiva

Lindbergh Farias, líder do PT na Câmara

O deputado Lindbergh Farias, líder do PT na Câmara, ressaltou que crimes contra o Estado Democrático de Direito não são passíveis de anistia. O parlamentar acompanhou presencialmente o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete acusados de tentativa de golpe de Estado, que estão no banco dos réus no Supremo Tribunal Federal (STF). A análise final do caso começou nesta terça-feira (02) e deve seguir até o dia 12 deste mês.

Em conversa com jornalistas na sede da Corte, o parlamentar foi questionado sobre a possibilidade de Câmara pautar o projeto que prevê anistia para golpistas. Ele rechaçou qualquer possibilidade de tentar livrar golpistas da cadeia. “É claro que a gente não aceita discussões de anistia. Estamos no meio do julgamento do STF, nós temos uma avaliação inclusive que crime contra o Estado Democrático de Direito não é passível de anistia”, disse ele.

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Lindbergh destacou que a oposição tenta se articular para pautar o projeto de anistia, mesmo essa não sendo uma pauta do povo. Porém, ele alerta que qualquer votação neste sentido seria uma ação antidemocrática e desrespeito ao Supremo. 

De acordo com informações publicadas na imprensa, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, deixou de lado a agenda do estado em qual governa e foi até Brasília defender que criminosos se livrem da aplicação da lei. Lindbergh ressaltou que este não é o papel de um governador.

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“Foi justamente um ataque ao Estado Democrático de Direito. A gente sabe que tem articulação por parte da oposição, mas é um completo contra senso. Seria uma atitude abusiva e absurda por parte do parlamento pautar a anistia no primeiro dia de julgamento. Em um momento como esse falar em indulto, é uma atitude de desrespeito à democracia, ao STF. Esse não é papel do governador de São Paulo”, completou.

Da Redação

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