Lula define prioridades para a Educação e a Saúde

Reunião do presidente com os ministros das duas pastas definiu ações que devem marcar os 100 primeiros dias de governo, como o reajuste da merenda escolar, a retomada de obras paralisadas e a volta do Farmácia Popular

Ricardo Stuckert

Lula: determinação em honrar compromissos assumidos com os eleitores. Foto: Ricardo Stuckert

Os atentados terroristas do último domingo (8) não mudaram o foco do presidente Lula: sua prioridade continua sendo a de reconstruir o Brasil e recuperar todas as áreas que foram destruídas nos últimos anos.

Nesta terça-feira (10), Lula realizou reuniões com diversos ministros, incluindo encontros separados com Nísia Trindade, da Saúde, e Camilo Santana, da Educação. Com eles, definiu as ações mais urgentes das duas pastas, que devem ocorrer nos primeiros 100 dias de governo.

“A educação e a saúde foram áreas destruídas e negligenciadas nos últimos anos. Hoje terei reuniões com ministros dessas pastas, para trabalharmos e, muito rapidamente, implementarmos medidas de reconstrução no país”, anunciou Lula no início do dia.

Atenção especial na Saúde

Após as reuniões, cada ministro divulgou os principais resultados. Nísia Trindade (veja vídeo abaixo) explicou que estão sendo implementadas ações em diversas áreas, mas destacou que algumas delas terão “atenção especial”. São elas:

– A execução de um plano emergencial de redução de filas para diagnósticos e cirurgias no Sistema Único de Saúde (SUS), elaborado com as Secretarias de Saúde dos estados e municípios.

– Iniciar em fevereiro uma nova e ampla campanha de vacinação, não só contra a Covid-19, que vai entrar no calendário regular de imunizações, como também para outras doenças, que, nos últimos anos, tiveram uma queda preocupante na cobertura vacinal.

– Retomar o Programa Farmácia Popular, que distribuía gratuitamente remédios contra pressão alta, diabetes e asma, com a possibilidade de ampliar a lista de medicamentos.

– Priorizar o atendimento de comunidades indígenas e quilombolas, muitas das quais passam hoje por uma grave crise sanitária.

Nísia ressaltou que há orçamento garantido para todas as ações porque, durante o governo de transição, foram identificadas as necessidades do Ministério. 

“Nós podemos anunciar essas ações porque houve um trabalho na transição um trabalho muito intenso de identificação dessas questões orçamentárias. Se não tivesse acontecido a PEC (do Bolsa Família), nós não teríamos Farmácia Popular, plano de emergência para as filas, nós não teríamos Saúde, para falar em poucas palavras”.

Compromissos na Educação

Já na Educação, o ministro Camilo Santana (veja vídeo abaixo) também descreveu quatro prioridades definidas por Lula:

– A conclusão do levantamento de obras paradas, que vão de creches a equipamentos de universidades, para que elas seja retomadas rapidamente. O objetivo de Lula é apresentar esse diagnóstico aos governadores na reunião de 27 de janeiro.

– Reajustar a merenda escolar, que há seis anos está com o valor repassado pelo governo federal aos estados e municípios congelado. O novo valor será definido para que entre em vigor antes do início do período letivo.

– Uma campanha para aumentar a participação no Enem, que, após alcançar um pico de quase 6 milhões de participantes em 2014, viu esse número cair para 1,9 milhão no ano passado.

– Concluir no prazo de 90 dias, um plano geral de ações para os próximos quatro anos focado no ensino básico, na alfabetização na idade certa, na ampliação da escola em tempo integral e na conectividade das escolas.

“O presidente Lula mostrou muita vontade de começar a fazer as entregas e honrar os compromissos que ele assumiu com a população”, disse Santana.

Da Redação 

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