Lula: Derrota na comissão montada por Cunha não quer dizer nada

Durante ato com artistas na Lapa, o ex-presidente ressaltou que a comissão do impeachment foi montada por Eduardo Cunha. Ele também defendeu a democracia

Ricardo Stuckert/Instituto Lula

Chico Buarque e Lula

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva minimizou, durante ato com artistas no Rio de Janeiro, nos Arcos da Lapa, nesta segunda-feira (11), o resultado negativo para o governo Dilma Rousseff na comissão do impeachment. Segundo ele, a aprovação do relatório de Jovair Arantes (PSDB-GO) “não quer dizer nada”. 

“Isso não quer dizer nada. A comissão foi montada pelo Eduardo Cunha”, avaliou o ex-presidente, em um discurso para milhares de pessoas que ocuparam a Lapa. Antes de Lula ocupar o palco, artistas participaram de um ato dentro da Fundição Progresso, juntamente com o ex-presidente.

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O povo ocupou a Lapa em defesa da democracia e contra o golpe / Foto: Ricardo Stuckert / Instituto Lula

Ele condenou as tentativas de golpe contra a democracia brasileira e contra a presidenta Dilma Rousseff. Além disso, o ex-presidente lembrou que tinha 18 anos, na época do golpe que instaurou a ditadura militar no Brasil.

“Eu, ainda muito jovem, por alguns momentos acreditei que o Brasil ia melhorar e demorou 23 anos para a gente recuperar a direito a democracia nesse país. Eu jamais imaginei a gente ver golpista tentando tirar uma presidenta eleita pelo voto popular”, criticou.

Lula voltou a cobrar que a oposição respeite o voto popular e espere as próximas eleições para disputar a Presidência da República. “Perdi eleições e fiquei quieto. Perdi roubado com o apoio da Globo e fiquei quieto. E nunca vocês viram eu reclamar, eu ir pra Justiça para tentar derrubar os que ganharam de mim”.

“Eu queria que eles soubessem que eu desde muito cedo aprendi a andar de cabeça erguida. É importante a gente dizer: aprendam com o Lula, saibam esperar, o Lula esperou 12 anos pra chegar lá”, continuou o ex-presidente.

Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula

Foto: Ricardo Stuckert / Instituto Lula

Sobre o convite feito pela presidenta Dilma para que ele fizesse parte da Casa Civil, Lula disse ter aceitado para ajudar a “recuperar” o Brasil. “A Dilma me convidou para voltar em agosto e eu não quis, me convidou depois e eu não quis. Quando foi agora ela disse que precisava de mim e eu aceitei para recuperar esse país”, explicou.

Ao público, Lula disse estar “cansado” de ver mentiras em capas de revistas e lembrou as denúncias contra a Rede Globo, que teria um “triplex em Paraty”. No entanto, ele afirmou que não tem raiva dos opositores.

“Eu não quero ter raiva, a gente mede o brasileiro pela vergonha que a gente tem na cara. Eu não tenho vergonha de usar vermelho, porque meu sangue é vermelho, porque o vermelho simboliza a corrente sanguínea. Quem quer ser amarelo é porque tem hepatite”, ironizou.

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Foto: Ricardo Stuckert / Instituto Lula

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Guilherme Boulos, do Mtst / Foto: Ricardo Stuckert / Instituto Lula

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O músico Tico Santa Cruz / Foto: Ricardo Stuckert / Instituto Lula

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Foto: Ricardo Stuckert / Instituto Lula

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Beth Carvalho / Foto: Ricardo Stuckert / Instituto Lula

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João Pedro Stédile / Foto: Ricardo Stuckert / Instituto Lula

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Foto: Ricardo Stuckert / Instituto Lula

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Foto: Ricardo Stuckert / Instituto Lula

Da Redação da Agência PT de Notícias

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