Lula sobre reforma tributária: “Sistema mais simples, eficiente, justo e transparente”

Primeira reforma do tema consolidada em tempos democráticos, texto da regulamentação aprovado no Congresso zera impostos da cesta básica, reduz taxas de remédios e é definido como histórico

Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Plenário da Câmara durante votação da reforma tributária

Imposto zero para itens da cesta básica. Simplificação do conjunto de taxas existentes. Redução de impostos para medicamentos. Ampliação da eficiência e melhoria do ambiente de negócios. A aprovação pelo Congresso Nacional da regulamentação da reforma tributária foi celebrada nas redes sociais pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por ministros e autoridades do Governo Federal. Considerada histórica e a primeira articulada em um ambiente democrático, o texto dá fim a décadas de espera.

“A aprovação da regulamentação da Reforma Tributária é um marco histórico. Após 40 anos de discussões, conseguimos construir e aprovar uma proposta que vai garantir um sistema tributário mais simples, eficiente, justo e transparente.  É um passo fundamental para impulsionar o desenvolvimento econômico, atrair investimentos, fomentar a competitividade do setor produtivo e reduzir as desigualdades sociais e regionais”, postou o presidente em seu perfil na rede social X. “Esta é uma conquista coletiva, fruto de diálogo, cooperação e compromisso entre diferentes setores da sociedade, do Poder Executivo e do Congresso e que posiciona o país em um caminho mais próspero e sustentável”, completou o presidente.

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, adotou tom semelhante. “O Brasil entra no clube dos países com sistema tributário simplificado para melhoria do ambiente de negócios”, postou. Alckmin parabenizou o presidente Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, por liderarem uma reforma considerada “estruturante e estratégica”.

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UNIFICAÇÃO – O texto regulamenta parâmetros gerais para o novo sistema tributário. Foram unificados cinco impostos (PIS, Confins, ICMS, ISS e parcialmente o IPI) em dois: a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). “Esse avanço se reflete na simplificação do sistema tributário, no aumento da eficiência, no estímulo ao crescimento econômico, no incentivo ao investimento e no fortalecimento da competitividade dos produtos nacionais”, resumiu o secretário extraordinário da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy.

TRAMITAÇÃO – A proposta que detalha as regras de cobrança, de pagamento e de isenção de impostos foi apresentada pelo Governo Federal em dezembro do ano passado e aprovada como emenda à Constituição. Na reta final de tramitação, na Câmara, os parlamentares alteraram algumas mudanças sugeridas pelo Senado na semana passada e, por 324 votos favoráveis e 123 contrários, referendaram o texto que segue para sanção presidencial.

CESTA BÁSICA – A regulamentação determina a isenção total de impostos para alimentos considerados essenciais da cesta básica nacional, casos de arroz, feijão, carnes, farinha de mandioca, farinha de trigo, açúcar, macarrão e pão comum, mandioca, inhame, batata-doce e coco, café e óleo de babaçu, manteiga, margarina, leite fluido, leite em pó e fórmulas infantis definidas por previsão legal específica, além de óleo de babaçu, grãos de milho e de aveia e diversos tipos de queijo.

SELETIVO – Entre outras mudanças aprovadas está a incidência do Imposto Seletivo, que sobretaxa produtos considerados prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, caso, por exemplo, de bebidas açucaradas. Já os medicamentos voltam à lista de itens que vão pagar menos impostos.

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PIONEIRISMO – O ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Alexandre Padilha, também se posicionou nas redes sociais para celebrar a “primeira vez que a reforma tributária é feita em tempos democráticos no nosso país”. “Aprovada a reforma tributária que simplifica os impostos, zera impostos para cesta básica, reduz o imposto para medicamento, para a saúde animal, que facilita a vida do empresário que quer investir, gerar emprego e renda. Muita gente dizia que era impossível aprovar a reforma tributária este ano. Pois bem: 2024 está encerrando com a regulamentação da reforma tributária aprovada pelo Congresso Nacional”, disse.

HISTÓRICO – O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, considerou a terça-feira um dia histórico. “Depois de mais de 30 anos de esperança, o Brasil terá um sistema tributário eficiente, que vai colaborar com o crescimento de nossa indústria e facilitar a chegada de investimentos no país. Parabéns ao Congresso pelo compromisso com o Brasil e parabéns ao presidente Lula pelo feito histórico de aprovar uma reforma tributária tão aguardada”, publicou.

Do Site do Planalto

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