Manifestações avançam luta contra o fascismo nas ruas

Movimentos negros, populares, torcidas organizadas e partidos retornam às ruas do país contra o racismo, o fascismo e Bolsonaro. “É importante para mostrar que há resistência nas ruas. Que as pessoas querem enfrentar a escalada autoritária”, alerta Gleisi

Pam Santos

Presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, em manifestação em São Paulo, neste domingo.

Em manifestações pacíficas, movimentos sociais, torcidas organizadas e partidos políticos realizaram manifestações neste domingo em várias capitais do país para protestar contra o racismo, o fascismo e o governo Bolsonaro. As cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília  e Porto Alegre realizaram as manifestações mais massivas. As palavas de ordem “Vidas negras importam” e “Fora Bolsonaro” marcaram os protestos.

Em São Paulo, os manifestantes ocuparam a Avenida Paulista, com participação expressiva das torcidas organizadas. A Central dos Movimentos Populares também realizou manifestação em frente ao Masp, na Avenida Paulista. Em Brasília, no sábado, ocorreu uma carreata que percorreu as principais avenidas da cidade. Em Porto Alegre, houve caminhada na Cidade Baixa, com destaque para a participação da juventude.

O pré-candidato pelo PT à Prefeitura de São Paulo, Jilmar Tatto, também compareceu ao ato, ao lado de Gleisi Hoffmann. Foto: Paulo Pinto

A presidenta do Partido dos Trabalhadores, deputada Gleisi Hoffmann (PR), participou do evento em São Paulo. “O Brasil não tem solução com Bolsonaro na Presidência”, afirmou. Gleisi disse que o PT apoia os atos de rua, ressaltando a necessidade com os cuidados preventivos à Covid-19. No sábado, ela havia participado da carreata em Brasília.

Pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, Jilmar Tatto também compareceu ao ato na Avenida Paulista, ao lado de Gleisi, de outros dirigentes do partido e militantes da base. Para Tatto, a manifestação “foi importante para mostrarmos que o Brasil não é de uma minoria antidemocrática”.

Carreata em Brasilia, no sábado, 13. Foto: Ricardo Stuckert.

Bolsonarismo esvaziado

Diferente das manifestações populares, o bolsonarismo sofreu várias derrotas neste final de semana. No sábado, o governo do Distrito Federal desativou o acampamento da milícia “300 do Brasil” da Esplanada dos Ministérios. No domingo, após provocações contra o Congresso Nacional e o STF, o Ministério Público acionou a Justiça contra o grupo.

As manifestações antidemocráticas ainda sofreram duras críticas do STF, em nota oficial. “O Supremo jamais se sujeitará a nenhum tipo de ameaça, velada, indireta ou direta”, disse Dias Toffoli, após ‘ataque’ com fogos de artifício ao STF. Em nota, ele afirmou que os ataques à Corte são financiados ilegalmente e estão sendo estimulados por integrantes do próprio Estado.

O relator do inquérito das fake news no STF, ministro Alexandre de Moraes, disse que a Corte “jamais se curvará ante agressões covardes de verdadeiras organizações criminosas”. O presidente do TSE, ministro Luíz Roberto Barroso, afirmou que há ‘diferença entre militância e bandidagem’.

 

Da Redação, com agências

 

 

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