Marcus Vinícius de Oliveira Correia: O PT como capitão de uma aliança da esquerda
A população sabe o que quer, mas, ao se deparar com tantas propostas semelhantes, divide o voto e não faz número para mandar ninguém nem para o segundo turno
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Ele ainda não chegou. Mas, o processo eleitoral de 2018 promete ser um dos mais difíceis da história desde a redemocratização de 1988 pós-Constituição cidadã. Inclusive, ao que parece, o pleito terá muitas semelhanças com o desse ano tão icônico para o Brasil. Estamos vivendo um regime de exceção e temos um grande apelo popular por mudanças.
Além de que teremos muitos candidatos por diversos partidos. Esse, talvez, seja o principal problema para a esquerda.
A esquerda ou centro-esquerda sempre foi motivada por ideias e não vive em rigor mortis como os reacionários e neoliberais brasileiros. Isso causa com que nos dividamos como nunca antes foi visto. Já falaram em lançar candidatos à presidência PT, PC do B, PSOL, PDT, Rede, PSTU, PCO e PCB. E sabe qual resultado obteremos caso continuemos com essa divisão? Um vencedor tucano. A população sabe o que quer, mas, ao se deparar com tantas propostas semelhantes, divide o voto e não faz número para mandar ninguém nem para o segundo turno.
O que deve ser feito então? Facilmente pensamos em uma grande aliança à esquerda. Algo que debata programa, que respeite as diferenças intrínsecas do processo. Mas que se apresente para o eleitor “comum” como algo viável e possível.
Quem seria o ideal para conduzir toda essa aliança? Obviamente, o PT. Apesar dos outros partidos com certeza discordarem. Isso tudo passa por uma questão de legitimidade e confiança. O eleitor conhece Lula, conhece seus projetos e sabe como sua vida melhorou depois do governo do melhor presidente da história. Nomes bons em outros partidos existem, mas nenhum nacionalmente conhecido e com projetos tão bem implementados como Luiz Inácio Lula da Silva.
Pós golpe, pós retirada de direitos, pós guinada conservadora, a melhor resposta para aqueles que não sabem respeitar o voto popular e nem entendem de democracia é eleger uma frente ampla, nacional e progressista para comandar o Brasil por mais quatro anos. Além de obviamente, colocar pessoas da base para ocupar todas as Assembleias Legislativas. A população sabe o que quer, basta a esquerda retomar força política. E isso, necessariamente, passa pelo Partido dos Trabalhadores.
Por Marcus Vinícius de Oliveira Correia, estudante de engenharia mecânica da Universidade do Rio de Janeiro, para a Tribuna de Debates do 6º Congresso. Saiba como participar.
ATENÇÃO: ideias e opiniões emitidas nos artigos da Tribuna de Debates do PT são de exclusiva responsabilidade dos autores, não representando oficialmente a visão do Partido dos Trabalhadores