Maria do Rosário: Somente unidas vencemos!
Sob vários aspectos podemos dizer que quem obrigou o governo a tirar a Reforma da pauta foram as Mulheres, com M maiúsculo e tudo
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As mulheres brasileiras derrotaram a Reforma da Previdência de Temer e do mercado. Pelo menos por enquanto, pois governo ruim não desiste nunca de tirar direitos. Mas o fato é que a malfadada Reforma que tiraria direitos de todos, mas pisaria mais ainda sobre as mulheres, saiu da pauta do Congresso, quando seus idealizadores viram que não teriam os votos para aprová-la.
Sob vários aspectos podemos dizer que quem obrigou o governo a tirar a Reforma da pauta foram as Mulheres, com M maiúsculo e tudo. A primeira e mais forte manifestação de denúncia sobre o conteúdo privatista e destruidor da Previdência Pública foi realizada em 8 de março de 2017, puxada por trabalhadoras do campo e da cidade, denunciando a retirada de direitos.
Graças a essa jornada, em todos os cantos do Brasil, nas capitais e no interior, ficou claro que a política do governo que destrói programas como o Bolsa Família, o Minha Casa, Minha Vida, o Farmácia Popular, o Mais Médicos e a Rede Cegonha, era também tirar o direito de aposentadoria de todos os trabalhadores e trabalhadoras.
O governo visava ainda reduzir o Benefício de Prestação Continuada (BPC) para as pessoas com deficiência e idosos e ampliar até a morte o tempo de serviço até alguém se aposentar.
O que as mulheres fizeram nessa luta não é pouco! As rurais, com a história de vida de quem lutou muito para ser reconhecida como trabalhadora, puxaram o cordão de protestos e emparedaram os golpistas.
“Não mete a mão na nossa aposentadoria! Nossos direitos não vão ser negociados e retirados!” Foram palavras que se ouviram tanto nas ruas quanto dentro do Congresso Nacional. A jornada é dura para que o mercado não destrua vidas de quem lavra a terra, ensina as crianças, cuida do mundo e é mulher.
Somente unidas vencemos! E é isso que aprendemos mais uma vez, ao avaliarmos que as mulheres derrotaram a Reforma da Previdência a partir de um 8 de março.
Por Maria do Rosário, deputada federal (PT-RS)