Marilena Chauí: “Coronelismo eletrônico” controla mídia do país
Em artigo, filósofa explica os mecanismos da indústria cultural e a forma como grupos econômicos hegemônicos dominam os meios de comunicação
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No Brasil, o poderio econômico dos principais grupos de comunicação é inseparável da forma oligárquica do poder do Estado, produzindo um dos fenômenos mais contrários à democracia: o“coronelismo eletrônico”.
É o que explica a filósofa Marilena Chauí, em artigo publicado na Revista de Comunicação da FapCom (Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação, de São Paulo). “Coronelismo eletrônico”, isto é, a forma privatizada das concessões públicas de canais de rádio e televisão, concedidos a parlamentares e lobbies privados, de tal maneira que aqueles que deveriam fiscalizar as concessões públicas se tornam concessionários privados, apropriando-se de um bem público para manter privilégios, monopolizando a comunicação e a informação.
De acordo com a acadêmica, esse privilégio é um poder político que se ergue contra dois direitos democráticos essenciais: a isonomia (a igualdade perante a lei) e a isegoria (o direito à palavra ou o igual direito de todos de expressar-se em público e ter suas opiniões publicamente discutidas e avaliadas).
Leia, abaixo, a íntegra do artigo da filósofa e Professora Emérita da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP.
Da Redação da Agência de Notícias do PT