Meio ambiente se livra de Ricardo Salles, o ministro desmatador

Saída de Ricardo Salles, o ministro do Meio Ambiente investigado por crimes ambientais, foi confirmada em edição extra do Diário Oficial da União. Política devastadora, contudo, não deve mudar

@CrisVector

Pior ministro do Meio Ambiente da história do Brasil, Ricardo Salles pediu demissão do cargo. A saída do desmatador, que é investigado por crimes ambientais, foi oficializada nesta quarta-feira (23), em edição extra do Diário Oficial da União, com a nomeação de Joaquim Álvaro Pereira Leite como novo gestor da pasta.

Como Leite já atuava no ministério, como secretário da Amazônia e Serviços Ambientais, tendo chegado ao governo já sob a gestão de Ricardo Salles, há pouca esperança de que a política de devastação do governo Bolsonaro se altere. À frente do Ministério do Meio Ambiente, Salles fez a taxa de desmatamento anual da Amazônia ficar acima dos 10 mil quilômetros quadrados em 2020 e 2021, algo que não ocorria desde 2008.

Investigado

Salles é alvo de duas investigações sobre crimes ambientais. A primeira veio à tona quando ele tentou interferir na maior apreensão de madeira ilegal da história, colocando-se contra a Polícia Federal e a favor das empresas suspeitas, já flagradas em uma série de irregularidades. A intervenção de Salles gerou um inquérito autorizado pela ministra Cármen Lúcia, do STF.

Na outra, Salles; o presidente do Ibama, Eduardo Bim; servidores públicos; e empresários do setor madeireiro são suspeitos de exportação ilegal de madeira. Os indícios de contrabando levaram a Polícia Federal a deflagrar, em 19 de maio, a Operação Akuanduba, que cumpriu diversos mandados de busca e apreensão, inclusive no Ministério do Meio Ambiente. Diante de tantos sinais de ilegalidades envolvendo o ministro, o PT pediu ao Supremo seu afastamento do cargo.

Um de seus atos finais foi comprar uma mansão milionária em São Paulo.

Da Redação

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