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Pior ministro do Meio Ambiente da história do Brasil, Ricardo Salles pediu demissão do cargo. A saída do desmatador, que é investigado por crimes ambientais, foi oficializada nesta quarta-feira (23), em edição extra do Diário Oficial da União, com a nomeação de Joaquim Álvaro Pereira Leite como novo gestor da pasta.
Como Leite já atuava no ministério, como secretário da Amazônia e Serviços Ambientais, tendo chegado ao governo já sob a gestão de Ricardo Salles, há pouca esperança de que a política de devastação do governo Bolsonaro se altere. À frente do Ministério do Meio Ambiente, Salles fez a taxa de desmatamento anual da Amazônia ficar acima dos 10 mil quilômetros quadrados em 2020 e 2021, algo que não ocorria desde 2008.
É só um passo. O importante é saber se será uma mudança somente de nome ou de postura do governo federal diante do #MeioAmbiente. O que realmente precisa mudar é a orientação do presidente. Sobre o ex-ministro, já não era sem tempo, por todos os males ao Brasil que ele conduziu. https://t.co/zipZsSfWb0
— Jaques Wagner (@jaqueswagner) June 23, 2021
O ministro que queria passar a boiada não deixa saudades. Na pasta do meio ambiente ele fez de tudo menos cuidar do que devia. A demissão ajuda a abafar o escândalo da Covaxin. Tática de Bolsonaro que já está desgastada. https://t.co/VY3nxSXmIE
— Senador Jean (@senadorjean) June 23, 2021
Investigado
Salles é alvo de duas investigações sobre crimes ambientais. A primeira veio à tona quando ele tentou interferir na maior apreensão de madeira ilegal da história, colocando-se contra a Polícia Federal e a favor das empresas suspeitas, já flagradas em uma série de irregularidades. A intervenção de Salles gerou um inquérito autorizado pela ministra Cármen Lúcia, do STF.
Ricardo Salles já vai tarde! Levando em conta o combo covarde bolsonarista de sempre: PEDIDO DE DEMISSÃO + FUGA para os EUA, o Ministério Público tem que correr e pedir com urgência a apreensão de seu passaporte!
— Natália Bonavides (@natbonavides) June 23, 2021
Na outra, Salles; o presidente do Ibama, Eduardo Bim; servidores públicos; e empresários do setor madeireiro são suspeitos de exportação ilegal de madeira. Os indícios de contrabando levaram a Polícia Federal a deflagrar, em 19 de maio, a Operação Akuanduba, que cumpriu diversos mandados de busca e apreensão, inclusive no Ministério do Meio Ambiente. Diante de tantos sinais de ilegalidades envolvendo o ministro, o PT pediu ao Supremo seu afastamento do cargo.
Um de seus atos finais foi comprar uma mansão milionária em São Paulo.
Depois de desmontar políticas ambientais, e órgãos fiscalizadores no Brasil, de lutar por flexibilização de licenciamentos ambientais e ter seu nome envolvido com exportação ilegal de madeira, Ricardo Salles, pede demissão do Ministério do Meio Ambiente. Já vai tarde. #ForaSalles
— Enio Verri (@enioverri) June 23, 2021
Da Redação