Ministério ignora fraude no preço e atropela privatização da Eletrobras

“Os jagunços do capital querem privatizar a Eletrobras no apagar das luzes de um governo que já acabou”, alertam os eletricitários. Assembleia de acionistas marcada para o dia 22 deve ser suspensa, cobram

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A Assembleia Geral dos Acionistas prevista para 22 de fevereiro para discutir a modelagem da privatização da Eletrobras tem que ser suspensa até segunda ordem, alerta o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE). “O processo de privatização da Eletrobras deve ser interrompido imediatamente até que todos os “erros” bilionários sejam apurados”, advertem os eletricitários. Nesta semana, o Tribunal de Contas da União escancarou uma fraude bilionária na modelagem (formação do preço) da venda da estatal.

Segundo os eletricitários, “abusivamente, o Ministério de Minas e Energia e a Eletrobras extrapolaram os limites publicando resoluções e precipitando a convocação para 22/02/2022 de uma Assembleia Geral de Acionistas com pauta da modelagem da privatização”. O movimento, de acordo com o CNE, é uma clara pressão ao TCU para que se cumpra o cronograma de privatização estabelecido pelo Ministério de Minas e Energia mesmo com tantas irregularidades e desencontros de contas.

“A tentativa de privatização é um autêntico jogo de cartas marcadas e dados viciados”, denunciam os eletricitários. “O que vemos hoje são agentes públicos, que foram nomeados para defender os interesses da União e, no entanto, defendem vergonhosamente interesses privados, enviesados, encomendados”, alerta o Coletivo Nacional dos Eletricitários . “Conflito de interesses”, apontam, sinalizando a urgência da mobilização da sociedade em defesa dos interesses públicos.

Para os eletricitários, “os jagunços do capital querem privatizar a Eletrobras no apagar das luzes, na xepa, no de fim de feira de um governo que já acabou”. O que, segundo eles, encontrará resistência implacável dos trabalhadores do setor. “Nós não vamos recuar”, afirmam em documento publicado nesta quinta-feira, onde também relatam as inconsistência e atropelos no processo do atual governo para entregar um patrimônio estratégico do povo brasileiro.

Da Redação

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