Mulheres lança campanha para fortalecer a ocupação feminina na política

Com vídeos, cards para redes sociais e reportagens especiais, ação da pasta busca trazer dados e informações sobre a sub-representatividade das mulheres na política

Divulgação / MMulheres

Objetivo da campanha é ampliar o debate sobre a presença de mulheres nos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, nos partidos políticos, nas empresas e nos sindicatos

O Ministério das Mulheres lançou neste mês a campanha “Mais Mulheres no Poder, Mais Democracia”, a fim de fortalecer a presença de mulheres em espaços de poder e decisão no Brasil. 

Clique aqui para assistir ao primeiro vídeo da campanha, e aqui para acessar às peças e aos textos já produzidos.  

As peças, produzidas sob a coordenação da Assessoria Especial de Comunicação Social, buscam conscientizar e sensibilizar a população brasileira sobre a realidade da violência política que atinge de forma permanente as mulheres, especialmente as mulheres negras, indígenas e LBTs. 

Segundo o ministério, a campanha contará com a divulgação de materiais informativos, como vídeos, cards para redes sociais, spot para rádio, reportagens especiais, folder, adesivos, cartazes e cartilhas. Além de trazerem dados e informações sobre a sub-representatividade das mulheres na política, os materiais divulgam canais de denúncia e orientações, como o Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher.  

A iniciativa faz parte de uma série de ações do governo federal em prol da maior participação das mulheres na política, vista como fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. O objetivo é ampliar o debate sobre a presença de mulheres nos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, nos partidos políticos, nas empresas e nos sindicatos, assim como em movimentos sociais, conselhos e associações, promovendo uma participação igualitária, plural e multirracial.

Mais mulheres na política significa uma sociedade mais justa 

A produção chega em um momento fundamental que antecede a realização das eleições municipais, que se mostram decisivas para a busca igualdade de gênero no poder público, e o alcance do quinto Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. 

A meta aborda a questão de gênero e é desmembrada em alguns propósitos como a busca por “garantir a participação plena e efetiva das mulheres e a igualdade de oportunidades para a liderança em todos os níveis de tomada de decisão na vida política, econômica e pública.” E é aqui que entra o papel crucial das eleições legislativas de 2024. 

Mesmo sendo 51,5% da população e 53% do eleitorado brasileiro, as mulheres estão amplamente sub-representadas em todos os espaços de poder e de decisão. Na Câmara Federal, elas são apenas 17,7%, ou seja, 91 mulheres em um universo de 513 parlamentares. No Senado, são 15 mulheres entre 81 parlamentares, o que equivale a 12,3% e, dentre elas, apenas uma se declara negra. 

Nos estados e municípios, a situação é ainda mais grave. Nas eleições de 2020, 958 cidades não elegeram nenhuma vereadora, enquanto em outras mais de 1.800 cidades, apenas uma mulher foi eleita.

Com estes índices, em termos globais, o Brasil ocupa o 146° lugar na participação de mulheres entre os 193 países analisados no levantamento da União Interparlamentar (UIP).  

Estudos diversos apontam que as mulheres quando estão em cargos de poder são melhores gestoras do que os homens. Na pesquisa “What Happens When a Woman Wins a Close Election? Evidence from Brazil” (livre tradução O que acontece quando uma mulher vence uma eleição? Evidências do Brasil), Fernanda Brollo e Ugo Troiano revelam que, quando uma mulher é eleita, as chances de que haja corrupção em seu governo são bem menores se comparadas às dos homens. 

O portal Gerenciamento Político afirma que “quando as mulheres possuem maior representatividade política, mais recursos são investidos em saúde e educação, dois dos pilares centrais de um país preocupado com o seu povo.” Portanto, há testes empíricos que atestam a qualidade das gestões femininas frente às masculinas. 

Da Redação Elas por Elas, com informações do Ministério das Mulheres 

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