Monica Valente: Aos ‘comentaristas’ da luta de classes, a hora é de organizar a Greve Geral!

Não sei que sentido há em “plantar” notinhas na imprensa golpista sobre opiniões acerca do desfecho do injusto, ilegal e imoral processo judicial contra Lula, como ocorreu hoje em famigerado órgão de imprensa paulista. A militância petista, a militância cutista, dos inúmeros movimentos sociais, as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, além de nosso partido, vêm se mobilizando contra o Golpe, contra as reformas neoliberais que os golpistas querem implantar. Aos poucos vai se tornando claro para a sociedade brasileira que esse governo ilegítimo cometeu o Golpe porque jamais ganharia qualquer eleição com esse programa antipopular e antinacional.

A cada dia fica mais difícil para Michel Temer aprovar suas reformas no Congresso Nacional, tamanha é a impopularidade e a perversidade dessas medidas contra a classe trabalhadora e contra o país. Na semana passada, apenas depois de uma “madrugada estranha”, os golpistas conseguiram aprovar o regime de urgência para a reforma trabalhista, utilizando-se para isso do “método Cunha” de interpretar o regimento da Câmara Federal. As últimas pesquisas de opinião colocam esse governo usurpador no chão em termos de popularidade. Até o Papa Francisco “declinou” do convite de Temer para vir ao Brasil, deixando com cara de “tacho” o portador do mesmo…

A perseguição judicial ao ex-Presidente Lula faz parte desse macabro enredo do Golpe; é uma tentativa de excluir, “no tapetão”, uma legítima candidatura daquele que foi o melhor presidente que o Brasil já teve e assim, mais uma vez, derrotar, democraticamente e nas urnas, o projeto antipopular e antinacional representado pelo governo golpista. A última que inventaram contra Lula na semana passada foi uma “delação ao gosto do freguês”, sem qualquer prova ou com ridículos recibos de pedágio…

Lutamos contra o arbítrio e contra a ditadura nas décadas passadas, sem nunca esmorecer nem tampouco ficar fazendo comentários sobre os possíveis desfechos daquela luta democrática. À época, muitos enfrentaram risco de morte, de “desaparecimento”, de prisões e justiça arbitrárias. Não é hora de fazer prognósticos; é hora de lutar, de mobilizar, de denunciar dentro e fora de nosso país esse regime de exceção que querem implantar no Brasil e contra o ex-presidente Lula, para assim derrotar essa tentativa de eliminar Lula e PT do cenário democrático.

Sem nenhum ufanismo, mas com a “a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo”, é hora de consolidar a greve geral de 28 de abril, construir um fortíssimo ato do Primeiro de Maio, mobilizar para Curitiba em qualquer dia e hora que marcarem, mostrando a força e a garra da classe trabalhadora e daqueles que querem um Brasil Para Todos. Só perde a luta por antecipação aquele que não luta.

“Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.”

Monica Valente é militante cutista e petista e Secretária de Relações Internacionais do PT