Moro confraterniza com tucanos 2 dias seguidos e condenação é geral

Juiz mostra intimidade com Aécio, citado em diversas delações, e Serra, apontado como beneficiário de R$ 23 milhões, e sua parcialidade vira assunto mais comentado do mundo

(foto: Beto Barata/PR)

Em evento da revista “IstoÉ” na noite de terça (6), o juiz de primeira instância Sérgio Moro foi flagrado em uma conversa animada e ao pé do ouvido com o senador Aécio Neves (PSDB-MG). O fato de Aécio ter sido citado em diversas delações da Operação Lava Jato, comandada por Moro, suscitou dúvidas nas redes sociais sobre a imparcialidade do juiz paranaense.

Em outra imagem, Moro aparece confraternizando com o ministro das Relações Exteriores José Serra (PSDB), um dos nomes mais fortes do governo usurpador de Michel Temer.

Serra foi acusado pela Odebrecht de ser beneficiário de R$ 23 milhões repassados pela empreiteira via caixa dois para sua campanha presidencial de 2010. De acordo com a Odebrecht, parte do dinheiro foi transferida por uma conta na Suíça.

O evento em que Moro, Serra e Aécio participaram elegeu as personalidades do ano, ou “Brasileiros do Ano 2016”. O maior brasileiro de 2016, de acordo com a “IstoÉ”, é Michel Temer.

Este não é o primeiro evento da semana em que o juiz aparece de forma amistosa ao lado de tucanos. Na última segunda (5), ele deixou seu trabalho em Curitiba para discursar em um evento comemorativo do governador do Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB).

A secretária de “Transparência” do Estado, Adriana Vandoni, também filiada ao PSDB, reuniu a equipe de seu gabinete para tirar fotos com o juiz paranaense, e publicou tudo em sua página pessoal no Facebook, com dizeres como “Orgulho, meu Deus, receber dr Sergio Moro em Cuiabá”.

Já Moro aproveitou o palanque que o governador tucano lhe concedeu para elogiar um deputado tucano, Nilson Leitão (PSDB-MT), que votou contra o projeto de lei que visa regular eventuais abusos de autoridades.

Moro só não disse que o parlamentar por ele elogiado foi recentemente citado em delação premiada do empresário Giovani Guizardi, que afirmou que o deputado recebeu dinheiro desviado de esquema fraudulento na Secretaria de Estado de Educação, em episódio investigado pela chamada Operação Rêmora, do Ministério Público em Mato Grosso.

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Da Redação da Agência PT de Notícias

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