Mulheres indígenas e estudantes protestam contra governo Bolsonaro
O dia começou com a 1ª Marcha das Mulheres Indígenas, as quais se concentraram em frente ao Memorial dos Povos Indígenas
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Parlamentares da Bancada do PT na Câmara participaram das manifestações em defesa da Educação e das Mulheres Indígenas, nesta terça-feira (13), em Brasília. “A sociedade brasileira começa a acordar. Tenho certeza, companheiros e companheiras, que é uma questão de tempo e pouco tempo, para termos milhões de pessoas nas ruas desse País para acabar com esse governo que quer acabar com o Brasil”, discursou a presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR).
O dia começou com a 1ª Marcha das Mulheres Indígenas, as quais se concentraram em frente ao Memorial dos Povos Indígenas. Com o tema “Território: nosso corpo, nosso espírito”, mais de duas mil mulheres indígenas de 113 povos desceram o eixo monumental, em Brasília, para protestar por uma saúde diferenciada, por seus territórios, pela educação, contra o desmatamento e a mineração nas terras indígenas.
“Seremos nós, mulheres indígenas, com nossos corpos, que vamos descolonizar a sociedade brasileira que tem matado a nossa história e a nossa memória”, afirmou Célia Xakriabá, ativista indígena.
‘Tsunami’ da educação
A marcha se juntou ao ‘Tsunami’ da educação” (manifestantes contrários aos cortes na educação) que se concentrou em frente ao Museu Nacional. Os dois grupos se unificaram e desceram até o gramado da Esplanada dos Mistérios. É o terceiro ‘Tsunami’ da educação organizado para este ano. Os estudantes e os profissionais da educação se manifestaram contra os cortes feitos no Ministério da Educação, contra o projeto Future-se e os retrocessos da Reforma da Previdência.
Para Gleisi, é com todos os setores e movimentos sociais juntos, que o governo será derrotado. “Diversos movimentos estão aqui para dizer que não aceitam essa política de destruição. Com todos unidos, vamos fazer um grande movimento no Brasil. É com o acúmulo de forças que nós vamos conseguir enfrentar esse governo, com todos os setores unidos”, assegurou a deputada.
“O presidente Lula nos inspira. As mulheres indígenas, Margaridas, os estudantes, trabalhadores e trabalhadores da educação sinalizam para o nosso povo que não há outro caminho que não seja o da luta, organização e resistência. Este é o caminho que o momento histórico nos desafia”, exortou o líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS).
Pimenta se comprometeu a “lutar permanentemente em defesa do nosso futuro” e disse ainda que “teremos muita luta pela frente” e será através dela que “vamos conquistar a nossa soberania, a nossa democracia e defender os direitos do nosso povo”.
Governo de milicianos
Paulo Pimenta aproveitou para denunciar que o Brasil vive um de seus momentos mais delicados na história.
“Nós estamos vivendo um dos momentos mais delicados da vida do País. A democracia está em risco. A nossa soberania está em risco. O País foi capturado por uma quadrilha de milicianos, de bandidos, que hoje tentam entregar o País aos interesses multinacionais. Aqueles que deveriam estar nos bancos dos réus, como Sérgio Moro e Dallagnol, mais dia ou menos dia, pagarão pelos crimes que cometeram”.
E alertou também que “quando este governo fascista nos acusa de estar por trás das mobilizações, eu digo que ele está mentindo. Nós estamos à frente, junto com vocês, lutando com o povo brasileiro nesse momento histórico que estamos vivendo”.
A presidenta do PT Gleisi Hoffmann pediu esperança e muita luta. “Nós estamos apenas no começo, portanto, muito esperança, muita força e muita luta para nós. O Brasil é do povo brasileiro que conquistou os seus direitos, que trabalha, que tem honra e é digno. E não de um bando que quer vender as nossas riquezas e tirar os nossos direitos ”, finalizou Gleisi.
Por PT na Câmara