Na Espanha, Gleisi exalta legado do PT e reforça luta por Lula Livre
Também presente no encontro com lideranças progressistas da Espanha, Lindbergh Farias fez alerta sobre a ofensiva golpista e neoliberal dos Estados Unidos
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A presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores, deputada federal Gleisi Hoffmann, e o ex-senador Lindbergh Farias participaram, nesta sexta-feira (22), de uma importante roda de conversa em Madri, na Espanha, com lideranças progressistas do país. O evento, organizado pelo PT Madri e pelo Comitê Internacional pela Democracia, Justiça e Direitos Dona Marisa Letícia, contou com a participação de representantes do Podemos, Esquerda Unida, Partido Comunista da Espanha, União Geral dos Trabalhadores, entre outras frentes.
As lideranças espanholas manifestaram solidariedade a Lula e lembraram que o ex-presidente é uma referência para luta dos trabalhadores na Espanha. A presidenta do PT fez questão de destacar o legado dos governos Lula e Dilma. Gleisi ainda lembrou que o partido foi o único a implantar os direitos sociais previstos na Constituição e destacou que a ofensiva golpista e neoliberal busca justamente destruir as conquistas dos governos de esquerda.
“A Europa tem o Estado de Bem Estar Social. Já tem alguns degraus construídos. Nós começamos a construir o primeiro degrau de um Estado de Bem Estar Social e a elite brasileira enlouqueceu e sequer concordou que não poderíamos ter fome no país e o direito das pessoas terem três refeições, porque até então tinham duas, uma ou nenhuma refeição”, explica.
Para o ex-senador Lindbergh Farias, a ascensão de governos de direita e neoliberais, como o de Jair Bolsonaro no Brasil e Maurício Macri na Argentina, faz parte de uma terceira ofensiva dos Estados Unidos na América Latina. Lindbergh lembrou que o Chile foi o primeiro laboratório das excludentes políticas neoliberais, influenciadas pela Escola de Chicago, fonte do ministro da Economia de Bolsonaro, Paulo Guedes.
“É inacreditável ver o que está acontecendo no Brasil. Ver que são os mais pobres que estão pagando a conta de tudo. Porque com todos erros e acertos foram 30 milhões de pessoas que deixaram a pobreza extrema. E agora a gente vê a volta da fome”.
“Quando olhamos a história da América da Latina, o Chile foi o primeiro país do mundo a aplicar o receituário neoliberal. Depois tivemos nos 90 a aplicação pela segunda vez do receituário neoliberal. Não sustentaram por tanto tempo, nem dez anos. Veio a vitória de Chavez em 1998, Lula em 2002, Kirchner, Tabaré Vázquez, Rafael Correa e Evo Morales”.
Ainda segundo o ex-senador, a prisão sem crime e sem provas de Lula evidencia a fragilidade da democracia brasileira, que pode se agravar com o projeito de ultradireita. “Agora dessa vez eles vem novamente com força para aplicar o projeto neoliberal. Eles sabem que é muito impopular e não se sustenta em uma democracia. Não dá para tratar como democracia o que está acontecendo no Brasil”, finaliza.
Da Redação da Agência PT de Notícias