Não vamos deixar que tudo que conquistamos tenha qualquer retrocesso, garante Dilma

A presidenta afirmou que o Brasil vai voltar a crescer com emprego, renda e reduzindo a inflação

(Foto: Lula Marques/Agência PT)

A presidenta Dilma Rousseff afirmou, nesta sexta-feira (28), que o Brasil vai retomar o crescimento econômico e que não haverá retrocessos nas políticas e programas sociais. “Vamos voltar a crescer gerando emprego, renda, reduzindo a inflação”, garantiu, durante o Dialoga Brasil Ceará, em Fortaleza.

“Não vamos deixar que tudo o que conquistamos e os programa que com tanta força construímos tenham qualquer retrocesso”, acrescentou, aplaudida pela plateia.

Dilma leu dois cordéis e uma poesia entregues por pessoas que estavam presentes. Os temas eram racismo e discriminação de gênero. A presidenta agradeceu pelos presentes e destacou que o combate ao ódio, à violência contra a mulher, ao preconceito e às desigualdades são o compromisso ético de seu governo.

A presidenta citou o racismo como uma das maiores mazelas do País e lembrou uma série de políticas de combate adotadas na sua gestão, como a lei de cotas, que completa três anos no sábado (29).

Na defesa das mulheres, a petista recordou os marcos legais instituídos nas gestões do PT, a Lei Maria da Penha e a Lei do Feminicídio. Dilma anunciou que voltará ao estado para inaugurar a unidade da Casa da Mulher Brasileira do Ceará.

A presidenta falou sobre o Plano Nacional da Pessoa com Deficiência – Viver sem Limite, que tem como objetivo garantir que as pessoas com deficiência tenham direito a uma vida plena. “Precisamos reconhecer que todas as pessoas têm o direito de vier sem limite e isso é ainda mais bonito nas pessoas com deficiência”, disse.

Ela destacou ainda o compromisso de sua gestão com o desenvolvimento do Nordeste e a redução das desigualdades regionais. “Olhamos com atenção para a região e implicavam com a gente por isso, falavam que só tivemos votos no Nordeste. Tenho orgulho e agradeço aos votos nordestinos”, declarou, novamente aplaudida.

De acordo com a presidenta, os votos são o reconhecimento pelo trabalho feito, “primeiro pelo nordestino que saiu daqui como retirante e tornou-se presidente da República”, falou, sobre Luiz Inácio Lula da Silva. “O Nordeste tem uma riqueza imensa fundamental para o Brasil crescer e virar uma nação desenvolvida”, defendeu.

Dialoga – Os ministros do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, da Educação, Renato Janine Ribeiro, da Saúde, Arthur Chioro e da Justiça, José Eduardo Cardozo, apresentaram dados sobre políticas de suas pastas para a plateia.

Tereza Campello destacou a importância do Bolsa Família e do Programa Cisternas para o Ceará. “Enfrentamos hoje uma seca tão grave quanto a vivida em 1915 e nós enfrentamos de outra forma porque convivemos com o semiárido, discutimos e não aceitamos a pobreza como algo natural”.

De acordo com a ministra, das 1,2 milhão de cisternas entregues pelo programa, 276 mil, ou 25%, estão no estado, que é o “melhor executor de cisternas que temos”.

Em todo o Brasil, o Bolsa Família beneficia 14 milhões de pessoas, sendo que um milhão são cearenses. A destinação é de R$ 2 bilhões para o estado por ano, com cerca de R$ 170 por família.

Como contrapartida, as crianças precisam ser mantidas na escola. “Aqui são 1,1 milhão de crianças. Estamos rompendo com esse ciclo de pobreza ao garantir educação”, assegura a ministra.

Janine apresentou dados sobre avanços na educação superior nos últimos 13 anos e afirmou que o próximo passo é ampliar o acesso à educação infantil. “O nosso futuro é das crianças. As creches são uma das prioridades do Plano Nacional de Educação e do governo federal”, defende. Só no Ceará, são 465 creches construídas ou em andamento.

Cardozo defendeu novamente que a redução da maioridade penal não auxiliará no combate à violência. Ao contrário, colocará mais 40 mil jovens no sistema carcerário brasileiro. Ele convidou os participantes a entrarem na plataforma do Dialoga Brasil e opinarem sobre as propostas para a segurança pública.

Por Cristina Sena, da Agência PT de Notícias

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