Nilto Tatto: “Lula na COP27 é muito bom para o Brasil e para o mundo”

Em entrevista ao Jornal PT Brasil, o deputado federal Nilto Tatto (PT/SP) comenta o papel do Brasil e a expectativa da participação de Lula na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas

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Nilto Tatto: “É muito bom para o Brasil e para o mundo a presença do Lula na COP 27”. Foto: Divulgação

A expectativa do papel do Brasil no enfrentamento à crise climática do mundo é grande, conforme o deputado federal Nilto Tatto (PT/SP). Nesta sexta-feira, 4, Tatto participou do Jornal PT Brasil e comentou sobre a aguardada participação de Lula na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-27), no Egito.

O encontro acontece entre os dias 6 e 18 de novembro. Na reunião, Lula vai integrar a comitiva do governador do Pará, Helder Barbalho, em nome do Consórcio de Governadores da Amazônia Legal, e aproveitará o evento para reforçar ao mundo seu compromisso com a agenda ambiental.

Os governos participantes da COP vão discutir medidas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas com foco nos cortes de emissões de gases de efeito estufa (GEE) no planeta.

“É muito bom para o Brasil e para o mundo a presença do Lula na COP 27.”

Tatto destaca o protagonismo do país pela sua extensão territorial, pela sua biodiversidade, pela Floresta Amazônica, e também pelas conquistas na redução da emissão de gases de efeito estufa durante os governos de Lula e Dilma.

“Com Lula e Dilma, o Brasil teve um papel de protagonismo muito forte, combatendo o desmatamento e cobrando a responsabilidade de outros países. Tínhamos um papel de liderança. Hoje, o mundo carece de lideranças mundiais que chamem a responsabilidade para atender as metas de redução de emissão de gases de efeito estufa no mundo.”

O deputado também ressaltou que a presença de Lula na COP significa a retomada da agenda ambiental do Brasil, retirada pelo governo de Bolsonaro, que promoveu uma agenda antiambiental com o abandono de acordos do Clima, com incentivo à invasão de terras indígenas, ao garimpo ilegal e ao desmatamento.

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Fundo da Amazônia

Com Lula, o Brasil vai retomar o pagamento dos fundos da Amazônia e os investimentos para reduzir o aquecimento global, além da preservação ambiental e da mitigação. “Ele acabou de ser eleito e já temos anúncios oficiais de países que contribuem para o fundo, em especial a Noruega e Alemanha”.

Ouça a entrevista completa abaixo:

Garimpo ilegal e desmatamento

Em menos de quatro anos de governo, Bolsonaro incentivou invasões e garimpo ilegal em Terras Indígenas do Brasil. Além disso, a Amazônia Legal teve o maior desmatamento em 15 anos.

Entre agosto de 2021 e julho de 2022, foram derrubados 10.781 Km² de floresta, segundo dados do Sistema de Alerta de Desmatamento e invasões e garimpo avançaram 180% no país, de acordo com o relatório Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil.

Com Lula, as emissões de carbono e o desmatamento reduziram como nunca. Com ele, o desmatamento da Amazônia caiu de 25,3 mil km (2003) para 7 mil km por ano (2010).

Ainda no governo PT, Dilma continuou a política de Lula e se tornou a presidente com a menor média de desmatamento anual da história do país, alcançando o recorde de apenas 4,5 mil km derrubados, em 2012. Com Bolsonaro, o desmatamento passou dos 13 mil km por ano.

Os resultados dos governos de Lula e Dilma transformaram o país em exemplo a ser seguido na preservação do meio ambiente. O Brasil se tornou um dos líderes nos processos de negociação nas Cúpulas do Clima das Nações Unidas e, quando, em 2015, apresentou a meta de reduzir as emissões de gases do efeito estufa em 37% até 2025 e em 43% até 2030, tendo como referência o ano de 2005, ninguém duvidou que o país cumpriria a promessa.

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 Da Redação

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