No apagar das luzes, Temer dá outro ministério a Eliseu Padilha
O Ilegítimo parece não ter medo das denúncias e trocou um ministro do Trabalho enlameado em corrupção por outro ainda mais suspeito
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Em meio a uma crise que se arrasta há meses no Ministério do Trabalho, uma inesperada troca vem passando despercebida. No apagar das luzes, Eliseu Padilha foi posto no comando da pasta como interino, e agora controlará o Ministério do Trabalho e a Casa Civil simultaneamente.
O Ilegítimo parece não ter medo das denúncias e trocou um ministro enlameado em corrupção por outro ainda mais suspeito. Mais uma vez, Padilha cumpre o papel de “aliado coringa” do governo golpista. Eis a “política moralizadora de Temer”
Homem forte do MDB, Padilha é apontado como membro ativo de ilegalidades no partido e tem várias denúncias contra si. No ano passado, o melhor amigo de Michel Temer e ex-assessor especial da Presidência da República, José Yunes, revelou ao MP ter entregado a Padilha um “pacote” com dinheiro vindo de caixa dois. O emissário foi Lúcio Funaro, operador de Eduardo Cunha. Ele também é investigado no STF por crime ambiental.
O antigo chefe da pasta, Helton Yomura (PTB) foi afastado – por determinação do STF – após ter sido alvo da Operação Registro Espúrio, que investiga uma suposta organização que teria atuado em fraudes no registro de entidades sindicais. Como informou a Folha de S. Paulo com base nas investigações, uma autorização chegava a custar 4 milhões.
Yomura é apadrinhado de Roberto Jefferson e sua filha Cristiane Brasil, a mesma que “desnomeada” por Temer após os sucessivos vexames judiciais. Os investigadores concluíram que ele atuou como representante do PTB no esquema que loteou o Ministério do Trabalho.
Não é segredo que Temer use o Ministério do Trabalho como balcão de trocas com o empresariado e os pelegos que apoiaram o golpe. Nem que inexista qualquer compromisso com o povo. Mas essa manobra é inaceitável até para este governo. Em tempos de reforma trabalhista, desemprego crescente e mudanças estruturais no mundo do trabalho, é absurdo que o Ministério tenha virado curral político e puxadinho de ilegalidades pelos golpistas.
da Redação Agência PT de Notícias