No Senado, Aécio segue na contramão do PSDB

Governadores tucanos defendem diálogo com governo federal, mas Aécio continua no palanque e ameaça recorrer à Justiça contra Dilma

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Enquanto aecistas continuam no palanque, Geraldo Alckmin faz política na vida real

Quase três semanas após ter sido derrotado nas urnas, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) ainda não desceu do palanque. Ao manter o discurso utilizado durante a campanha, o parlamentar segue na contramão de integrantes do PSDB e possíveis concorrentes à vaga de candidato à Presidência pelo partido em 2018 como os governadores Geraldo Alckmin, de São Paulo, e Marconi Perillo, de Goiás.

Enquanto a dupla adota um tom de conciliação com o governo federal, Aécio ainda age como se fosse candidato e viaja pelo Brasil para agradecer os votos recebidos. Além disso, mesmo depois de negado, pelo Tribunal Superior Eleitoral, o pedido de auditoria do resultado da eleição presidencial de 2014, o PSDB aecista negocia contratar peritos para refazer a apuração.

Disposto a manter a oposição em ritmo eleitoral, Aécio informou na quarta-feira (12) que o partido deverá entrar na Justiça contra a presidenta Dilma Rousseff e contra o projeto do governo federal que permite alterar a meta do superávit primário.

“Nós vamos discutir, inclusive do ponto de vista judicial, quais as demandas cabíveis porque a presidente da República incorre em crime de responsabilidade se não cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal”, disse o senador à imprensa, na saída do plenário.

Em apresentação para investidores na Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, em Nova York nesta quinta-feira (13), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, criticou o pessimismo em relação ao Brasil. “Pessimismo é exagerado. Saímos do ‘Brasilmania’ para o ‘Brasilfobia’”, disse o governador.

Alckmin também saiu em defesa de Dilma em entrevista ao programa da jornalista Miriam Leitão, na “GloboNews”, transmitido na última quinta-feira (6). Questionado sobre se referir à Dilma como “presidenta”, o governador de São Paulo afirmou chamar as pessoas como elas gostam de ser chamadas.

Em entrevista ao jornal “O Globo”, publicada nesta quinta, o governador de Goiás, Marconi Perillo, defendeu a relação entre governos estaduais com a presidenta Dilma Rousseff. Segundo ele, esse contato deve ser marcado por “cordialidade e respeito mútuo”.

“Todos sabem das minhas posições, mas sempre fui muito respeitoso com a presidente e ela comigo. Goiás nunca deixou de receber um benefício pelo fato de ter um governador do PSDB”, defendeu Perillo.

Para o governador de Goiás, não é papel de governo fazer oposição a outro governo. “A relação entre os entes federados tem que ser marcada por convergência e cordialidade”, explicou ao jornal.

Por Mariana Zoccoli, da Agência PT de Notícias

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