Nos EUA, Dilma critica vazamentos seletivos da Lava Jato

Para a presidenta, o dispositivo da delação permite que acusações sem provas sejam usadas para incriminar e prejudicar pessoas, sem a possibilidade de defesa

Washington - EUA, 30/06/2015. Presidenta Dilma Rousseff durante declaração à imprensa com o presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

A presidenta Dilma Rousseff criticou nesta terça-feira (30) os vazamentos seletivos de depoimentos em delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato. Para Dilma, o dispositivo da delação permite que acusações sem provas sejam usadas para incriminar e prejudicar pessoas, sem a possibilidade de defesa.

“Estranhamente, há um vazamento seletivo que alguns têm. E aí, durante um tempo, podem falar o que quiser porque aqueles que são mencionados não têm como se defender, porque não sabem do que são acusados”, disse, em entrevista ao lado do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, após reunião na Casa Branca.

Trechos vazados à imprensa da delação premiada do presidente da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa, citam os ministros da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva. “Nunca demiti ministro, ou aceitei ministro nomeado pela imprensa ou demitido pela imprensa. E, assim sendo, vou aguardar toda a divulgação dos fatos para avaliar a situação”, considerou Dilma.

A presidenta ressaltou ainda a necessidade de respeitar o direito à defesa e disse que não se pode condenar alguém sem provas. “A obrigação da prova é ser formada com fundamentos e não simplesmente com ilações ou sem acesso às peças acusatórias. Isso é um tanto quanto Idade Média, então não é isso que se pratica hoje no Brasil”, afirmou.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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