Novo aumento dos combustíveis desmascara Bolsonaro, o covarde

Como o PT e especialistas avisaram, plano de Bolsonaro para baixar preços via redução do ICMS fracassou. O ex-capitão não tem coragem de alterar PPI e continua fazendo teatro

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Como não tem coragem de mudar o PPI, Bolsonaro apela para a "indignação fake"

Na última sexta-feira (17), a Petrobrás anunciou um novo aumento no diesel (14,26%) e na gasolina (5,18%). Assim, foram necessários apenas 11 dias para que a “proposta” de Jair Bolsonaro para baixar os preços dos combustíveis fosse completamente desmoralizada.

O leitor deve se lembrar do plano anunciado atual presidente e seu ministro da Economia, Paulo Guedes. No último dia 6, os dois disseram que iam mover a tropa de choque do governo no Congresso para aprovar um Projeto de Lei Complementar e uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para baixar o ICMS, imposto estadual que recai também sobre os combustíveis.

O Partido dos Trabalhadores e diversos especialistas logo avisaram que o plano era fajuto, pelo simples fato de não mudar o PPI, que é a política de preços dolarizados da Petrobrás, verdadeira causa dos preços altos.

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Em entrevista ao Jornal PT Brasil do dia 8, o economista Bruno Moretti afirmava: “Temos uma probabilidade muito elevada de uma eventual redução do preço em função da redução do ICMS ser rapidamente anulada por um novo aumento de preços da Petrobrás”.

Não deu nem tempo de as medidas anunciadas pelo governo entrarem em vigor. O aumento da Petrobrás veio antes. E a farsa ficou mais que evidente, só restando a Bolsonaro continuar apelando para o teatro puro e simples.

“Indignação fake”

Bolsonaro finge que não pode fazer nada porque não tem coragem de exercer a autoridade de presidente da República e chatear os acionistas estrangeiros, que ganham muito dinheiro com o PPI. Nesta segunda-feira (20), mesmo dia em que mais um presidente da estatal caiu, a Petrobrás pagou a primeira parcela da distribuição recorde de R$ 48,5 bilhões em dividendos.

Assim, Bolsonaro faz discursos bravos contra a Petrobras (como se não fosse ele quem escolhe o presidente da empresa) para fingir que está fazendo alguma coisa. É a “indignação fake”, como definiu no Twitter o deputado federal Alencar Santana (PT-SP).

O líder do PT na Senado, Paulo Rocha (PA), também colocou o dedo na ferida. “O governo Bolsonaro é um amadorismo só. Não dura um presidente da Petrobras. Tudo para sustentar o teatro do presidente de que não é culpa dele o reajuste de preços dos combustíveis. É sim. E essa máscara caiu faz tempo.”

Falta de coragem

Na campanha de 2018, Bolsonaro posava de durão e gravava vídeos criticando o PPI (assista abaixo). Hoje, baixa a cabeça para não atrapalhar a alegria do mercado financeiro, que manda em seu governo.

Como muito bem lembrou o ex-presidente Lula, em entrevista a uma rádio no último dia 8, o PPI foi instituído em 2016 a mando de Michel Temer pelo então presidente da Petrobrás, Pedro Parente.

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Para adotar a medida que hoje arrasa com o bolso dos brasileiros, bastou uma canetada. Logo, para desfazê-la, basta uma nova canetada. Mas esta, a mão de Bolsonaro não tem coragem de dar.

“O aumento da gasolina ao preço internacional não foi feito com uma votação no Congresso. Foi uma canetada do Pedro Parente. Portanto, se para aumentar o preço do combustível, foi numa canetada, pra você tirar, também pode ser numa canetada. O presidente, se tivesse coragem, se não fosse um fanfarrão, se não fosse um embusteiro, já teria feito isso”, disse Lula.

Da Redação

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