Novo escândalo: Bolsonaro empregava 5 funcionárias fantasmas na Câmara

Eleito a base de fake news e sob a promessa de combater a corrupção, Jair usava dinheiro público para dar “mesada” a secretárias que sequer tinham crachá

EBC

Jair Bolsonaro

Bárbara de Oliveira Ferraz, Denise Marques Felix, Patrícia Cristina Faustino de Paula, Dulcineia Pimenta Peixoto e Mirian Melo Lessa Glycério de Castro recebiam entre R$ 1.023 e R$ 4.188 para assessorar Jair Bolsonaro (PSL) durante seu mandato como deputado federal. O problema é que nenhuma delas tenha  aparecido uma única vez para trabalhar – as cinco secretárias sequer tinham crachá, item obrigatório para entrar no Congresso.

As funcionárias fantasmas, denunciadas em reportagem publicada pela Agência Pública nesta segunda (29), engordam a lista de casos que contrariam todo o discurso de combate à corrupção que Jair usou durante a campanha eleitoral, marcada ainda pelo escândalos das fakes news. Isso sem contar a trajetória pífia como parlamentar (dois projetos de lei em 30 anos), da vergonha expulsão do Exército e dos inúmeros casos de má conduta, preconceito e intolerância que marcam a sua vida pública.

Disposto a comentar qualquer coisa nas redes sociais, Bolsonaro ainda não explicou o caso das funcionárias ao povo brasileiro – a exemplo do que fizeram seus filhos Flávio e Carlos, ambos com casos de laranjas e fantasmas no currículo.

As funcionárias também não explicaram porque recebiam e não trabalhavam.  Entre 2015 e 2019, período da última legislatura, o Sistema de Identificação de Visitantes da Câmara não registrou a entrada de nenhuma das cinco assessoras.

De acordo com apuração da Pública em distintos gabinetes em Brasília, “é usual que mesmo os funcionários que trabalham no estado de origem passem pela Câmara em alguma ocasião, ainda que rara, como uma votação importante ou na cerimônia de posse. Os crachás devem ser renovados a cada nova legislatura e a Casa afirma não guardar registros sobre mandatos passados”.

PSL na berlinda

Além dos escândalos que envolvem exclusivamente a família Bolsonaro, as suspeitas aumentam também sobre o PSL, o partido do despreparado presidente. Na manhã desta segunda-feira (29), a Polícia Federal realizou busca na sede da legenda em Minas Gerais para investigar  supostas candidaturas-laranja durante a eleição de 2018.

À época, o diretório era presidido pelo atual ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, mas ele não é alvo direto da operação. Sete mandados foram cumpridos em Belo Horizonte e em mais quatro cidades.

A Polícia Federal em Minas Gerais diz já ter indícios concretos de que as candidatas laranjas a deputada estadual e federal mentiram na prestação de contas de campanha.

Da Redação da Agência PT de Notícias com Agência Pública

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