O dia em que Lula peitou os bancos internacionais nos EUA
Há 5 anos, o ex-presidente foi a Washington e criticou os bancos, além de ter lembrado que o Brasil passara da condição de devedor para credor do FMI
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“Este é um governo que não fala fino com os Estados Unidos nem grosso com a Bolívia”. A frase de Chico Buarque – que já se tornou célebre – a respeito do governo Lula é um bom resumo do que foi a política externa do Brasil de 2003 a 2015: um país que reforçou seus laços diplomáticos e comerciais com nações em desenvolvimento, ganhou o respeito dos países desenvolvidos e soube unir vozes e forças com estados similares economicamente ao Brasil, ou mais pobres.
Mesmo após deixar a Presidência da República, Lula jamais abandonou a postura que marcou seu governo. Em janeiro de 2013, o ex-presidente foi convidado a discursar em Washington, na abertura da conferência legislativa da United Auto Workers (UAW), o sindicato que representa trabalhadores da indústria automobilística, aerospacial e de máquinas agrícolas dos EUA, Canadá e Porto Rico.
O mundo passava por uma crise financeira internacional, e o já ex-presidente do Brasil não poupou críticas aos bancos dos países desenvolvidos. “Qualquer banqueiro norte-americano ou inglês chegava no Brasil dando palpite na economia brasileira, achavam que sabiam tudo. Mas não perceberam que estavam quebrando”, disse Lula.
O brasileiro falou por 56 minutos e foi aplaudido mais de dez vezes durante a sua palestra. O ex-presidente disse que, ao assumir a presidência, em 2003, pegou um país numa situação complicada, com inflação na casa de 12% e devendo dinheiro ao Fundo Monetário Internacional (FMI). “Hoje, é o FMI que deve ao Brasil”, afirmou Lula, que enfatizou o avanço das políticas sociais em seu governo. Será que o atual presidente ilegítimo do Brasil poderia dizer o mesmo?
Veja, abaixo, um trecho do discurso de Lula em Washington.
Da Redação da Agência PT de Notícias