Outubro Rosa: governo Lula amplia acesso à mamografia no SUS a partir dos 40
Medida histórica visa fortalecer diagnóstico precoce, que pode diminuir a mortalidade pelo câncer de mama em até 40%
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Outubro é tradicionalmente o mês dedicado à conscientização e à prevenção ao câncer de mama. Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) apontam que o tipo da doença é o mais incidente e, também, a principal causa de mortalidade por câncer em mulheres no Brasil. O número estimado de casos novos de câncer de mama no Brasil, para o triênio de 2023 a 2025, é de 73.610 casos por ano, correspondendo a um risco estimado de 66,54 casos novos a cada 100 mil mulheres.
O governo Lula, por meio do Ministério da Saúde, está atento ao problema e anunciou, no final de setembro, que vai garantir o acesso à mamografia no SUS para mulheres de 40 a 49 anos, mesmo sem sinais ou sintomas da doença.
“Garantir a mamografia a partir dos 40 anos no SUS é uma decisão histórica. Estamos ampliando o acesso ao diagnóstico precoce em uma faixa etária que concentra quase um quarto dos casos de câncer de mama. Enquanto alguns países erguem barreiras e restringem direitos, o Brasil dá o exemplo ao priorizar a saúde das mulheres e fortalecer o sistema público”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, à época do anúncio.
Durante a 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, realizada na semana passada, a ministra das Mulheres, Márcia Lopes, que venceu um câncer de mama, ressaltou a importância da prevenção e do diagnóstico precoce. De acordo com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) o diagnóstico precoce, principalmente com o rastreamento mamográfico, pode diminuir a mortalidade pelo câncer de mama em até 40%, quando iniciado aos 40 anos na população de baixo risco.
Para ela, com o tratamento adequado oferecido pelo SUS, é possível salvar vidas “como a minha, que também vivi um câncer de mama — e tantas outras mulheres que estão aqui, com quem eu já conversei nesses dias”, relatou.
“Cuidar das mulheres em todas as fases da vida é construir um Brasil mais justo. Precisamos de um país para que meninas, jovens, adultas e idosas tenham seus direitos garantidos, saúde protegida e vozes ouvidas”, enfatizou.
Com a participação da deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ), a Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados, a Comissão da Mulher, a Procuradoria da Mulher e a Bancada Feminina do Senado Federal realizaram ato para destacar a importância do período da campanha Outubro Rosa.
Na ocasião, a parlamentar carioca destacou a atuação do governo federal, que agora está equipando e hospitais criando condições para que as mulheres possam ter uma política preventiva contra o câncer. “Nesse momento também estamos fortalecendo o Sistema Único de Saúde para que ele possa fazer um tratamento preventivo, possa ter próteses para que as mulheres tenham também a oportunidade de dar continuidade à vida, não deixar se abater por conta de um câncer. Viva o outubro rosa”, comemorou Bené.
Outra ação importante promovida pelo governo Lula foi a sanção do Projeto de Lei 2.291/2023, que garante às mulheres uma cirurgia reparadora de mama pelo SUS, independente da causa da perda da mama. A medida é uma vitória importante, pois amplia a cirurgia plástica reparadora das mães no SUS, como os casos de câncer.
Autoexame é fundamental
A primeira orientação do Inca é que a mulher observe e apalpe suas mamas sempre que se sinta confortável para tal (seja no banho, no momento da troca de roupa ou em outra situação do cotidiano). A segunda estratégia de detecção precoce do câncer de mama é o rastreamento por mamografia.
A detecção e o tratamento do câncer de mama nas fases iniciais ajudam a evitar que o tumor se espalhe para outros órgãos, contribuindo para a redução da mortalidade pela doença.
Da Redação do Elas por Elas , com MMulheres, Agência Brasil e Ebserh
