Para CTB, PEC 55 é a sepultura dos sonhos dos trabalhadores
Presidente da entidade, Adilson Araújo afirma que o governo Temer atua em favor de interesses de investidores estrangeiros
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A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) será uma das entidades que participarão de manifestação contra a PEC 55 em atos marcados para a próxima sexta-feira (25). De acordo com o presidente da central, Adílson Araújo, a PEC que pretende congelar os investimentos sociais pelos próximos 20 anos vai representar um duro golpe ao povo trabalhador.
Ele afirma que, caso aprovada, a PEC 55 acabará com política de valorização do salário mínimo, aos investimentos sociais, aos concursos públicos, a indexação das aposentadorias ao salário mínimo, entre outros fatores negativos à população.
A PEC é a sepultura de todo e qualquer sonho da classe trabalhadora, que vai ver podado os investimentos na saúde, na educação, na segurança pública, na moradia
“Quem mais sofre com isso é o povo. Esse governo vai se revelando cada vez mais a serviço da banca rentista, dos interesses do grande capital, da mídia oligopolista, de todo esse sistema viciosa”, afirma Araújo.
Além da CTB, diversas centrais sindicais e movimentos populares vão organizar, por todo o País, atos de repúdio à proposta do governo golpista de Michel Temer, que deverá ser votada na próxima semana no Senado Federal.
Para Araújo, as medidas de Temer e seus aliados valorizam os investidores estrangeiros, em detrimento das conquistas sociais do povo brasileiro.
“A direita, a partir dessa ofensiva conservadora, não aceitou o resultado das eleições. Agora advoga a tese da desconstrução nacional. Há um intento de desnacionalizar nossa economia, fazer coro com os interesses do capital estrangeiro e por fim a um ciclo de mudanças que impactaram de forma substancial a vida do povo brasileiro”, analisa.
Onda conservadora
Além da PEC 55, Araújo diz que o Brasil vive uma perigosa onda conservadora que trará mais dificuldades aos trabalhadores.
“Nós estamos diante do Congresso mais venal da história do País. As forças conservadoras, inicialmente lideradas por Eduardo Cunha, advogam a tese de uma agenda extremamente regressiva, com vistas da flexibilização e precarização do trabalho”.
O Supremo Tribunal Federal (STF), explica ele, também aprovou medidas que pioram as condições de trabalho no Brasil.
“O STF começou a legislar em prol dos interesses do grande mercado. Sacramentou o fim da desaposentação, o fim do direito de greve no funcionalismo público, a ultratividade dos acordos. Queria julgar, também, o projeto de terceirização de forma generalizada e irrestrita. Se aprovada. seria a desregulamentação completa dos direitos sociais e trabalhistas”.
Para Araújo, o caminho para frear as medidas contra a população trabalhadora é a resistência por meio das centrais sindicais e dos movimentos populares.
“Na medida em que a sociedade vai se dando conta, sinaliza-se um processo de resistência. As centrais sindicais, como a CTB e a CUT, e os movimentos sociais têm muita responsabilidade em encontrar o caminho, que, não tenho dúvidas, será de uma grande resistência”.
Por Bruno Hoffmann, para a Agência PT de Notícias