Para Mantega, país está entrando em novo ciclo de crescimento

Primeiros indicativos da produção industrial para o terceiro trimestre mostram recuperação do crescimento econômico, inflação deu sinais de acomodação e a massa salarial permanece em alta

O ministro da Fazenda, Guido Mantega defende que o Brasil está entrando em um novo ciclo de crescimento. “Os problemas conjunturais estão ficando para trás. Com nosso grande programa de infraestrutura, maciços investimentos em educação, nós estamos perto de que esse novo ciclo de investimento sustentável esteja sendo construído”, disse.

Para ele, o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre, com queda de 0,6% em relação ao período anterior, se deve à baixa demanda no comércio internacional e também a problemas conjunturais internos, como os efeitos da estiagem – que levou ao aumento do custo da energia elétrica – e ao menor número de dias úteis em junho, devido aos dias de jogos da Copa do Mundo.

“Na minha opinião, não dá para falar em recessão. Recessão é uma parada prolongada, como ocorreu com os países europeus e ocorre quando há desemprego”, avaliou.

Ele assinalou que os primeiros indicativos da produção industrial para o terceiro trimestre já mostram recuperação do crescimento econômico. Ele ainda enfatizou que a inflação também já deu sinais de acomodação, e a massa salarial permanece em alta.

Segundo o ministro, a atuação do governo impediu que a crise internacional iniciada em 2008 tivesse efeitos ainda mais danosos à economia nacional. “Para mim, está claro que uma política anticíclica, corajosa e ousada faz toda diferença. Uma política bem sucedida que protegeu o emprego e o salário dos trabalhadores, fazendo com que os brasileiros pouco sofressem com a crise externa”, destacou.

Após o período turbulento, Mantega avalia que há espaço para a retomada do crescimento econômico. “Detectamos neste segundo semestre sinais de melhora da atividade”, disse, ao estimar que o Produto Interno Bruto (PIB) terá um crescimento “moderado” neste ano. “Nos preparamos para iniciar um novo ciclo de expansão nos próximos anos”.

Apesar da avaliação otimista, o ministro reconheceu que o país ainda tem grandes desafios para enfrentar. “Temos muito para avançar, para elevar ainda mais o padrão de vida da população e estabelecer um ambiente mais competitivo para as empresas, com mais inovação e maior produtividade”.

Para o ministro, o mercado consumidor interno também deve reagir com a liberação de depósitos compulsórios e outras medidas anunciadas na semana passada pelo Banco Central, com a entrada de mais recursos para financiamento de bens duráveis. “Temos um mercado consumidor crescendo e a inadimplência caindo, com possibilidade de aumentar a demanda”, avaliou o ministro.

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da Agência Brasil

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