‘Pessoas morreram por falta de vergonha de um presidente’, diz Lula ao lembrar covid

Em sua oitava visita a Minas neste ano, presidente reforça importância do ‘Agora Tem Especialistas’ e diz que no Brasil os pobres são tratados como ‘invisíveis’

Ricard9 Stuckert/PR

Ao reforçar o programa Agora Tem Especialistas em Minas, Lula recordou gestão de Bolsonaro na pandemia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve em Minas Gerais nesta quinta-feira (11) e reforçou a presença do Governo Federal no estado com em duas frentes prioritárias: a ampliação do acesso à saúde especializada e a aproximação institucional da União com os municípios.

Em Itabira, ao participar da cerimônia de inauguração do centro de radiologia no Hospital Nossa Senhora das Dores, Lula relembrou o período da pandemia de covid-19 sob gestão de Jair Bolsonaro. “Se eu fosse presidente naquela época, e se o [Alexandre] Padilha fosse ministro da Saúde, eu duvido que a gente não tivesse salvo 70%, 80% daquelas pessoas que morreram por falta de vergonha de um presidente que ficava na televisão imitando as pessoas que estavam com covid, tossindo e zombando da saúde das pessoas que morreram”, afirmou o presidente. “Vocês não morrerão mais por falta de respeito e falta de tratamento”, acrescentou.

 

Lula enfatizou a importância do programa Agora Tem Especialistas e do acesso ampliado no SUS, como no caso da oncologia. Ele recordou o período em que teve câncer, em 2012, e perdeu o cabelo, tendo sido consolado por Dilma Rousseff, que também havia enfrentado a doença. E alertou: “Precisamos tomar muito cuidado neste país. Vocês viram a experiência, que destruir é muito mais simples, falar mal dos outros é muito simples, contar mentira com o celular é muito simples, se trancar dentro de casa e ficar passando zap (…) é muito simples.”

Segundo o presidente, “as pessoas pobres são tratadas como invisíveis” pela maioria dos políticos brasileiros, só lembradas na época das eleições.

Saúde: Combate às filas com o “Agora Tem Especialistas

As ações do governo federal na área da saúde têm foco na redução do tempo de espera por atendimento médico, uma das principais demandas da população. O objetivo é zerar as filas do SUS por cirurgias eletivas e exames de alta complexidade. Através do Agora Tem Especialistas, o governo federal implementou em Minas Gerais um modelo que integra a rede pública com a capacidade ociosa de hospitais filantrópicos e privados, além de expandir o uso da telemedicina e as “Carretas da Saúde”.

A estratégia visa garantir que o paciente saia da Unidade Básica de Saúde (UBS) já com dia e hora marcados para consultas com cardiologistas, oftalmologistas, ortopedistas e outras especialidades.

Durante o evento, o presidente destacou que a saúde não pode esperar e que o governo não medirá esforços para garantir dignidade no atendimento, levando a estrutura médica até onde o povo está: “Nós estamos dizendo: ‘Nesse país, ninguém vai morrer por falta de um exame, por mais importante que seja esse exame’. Ninguém vai morrer por falta de acesso a uma máquina que só o rico tem. Nós queremos que as pessoas tenham o direito”.

Caravana Federativa: Governo Federal na porta dos municípios

Em Belo Horizonte, Lula participou da abertura da Caravana Federativa, no Expominas, um mutirão de serviços que colocou a Esplanada dos Ministérios à disposição de prefeitos e gestores locais. Com a presença de diversos ministros e técnicos de mais de 30 órgãos federais, o evento permitiu que prefeitos de todo o estado resolvessem pendências, destravassem obras do Novo PAC e garantissem recursos sem a necessidade de viajar até Brasília.

A iniciativa reforça a gestão republicana de Lula, que tem reiterado a importância de governar para todos, independentemente da cor partidária do gestor municipal. O objetivo é fazer o recurso chegar na ponta, onde a vida acontece.

Sobre essa relação direta com os municípios e o respeito ao pacto federativo, Lula afirmou: “Eu quero confessar para vocês que eu estou participando de uma Caravana Federativa em que não é uma coisa do PT. É uma coisa do governo. Portanto, aqui tem muita gente de outros partidos políticos, de prefeitos, de prefeitas. […] Essa viagem pelo Brasil com os nossos ministros não é nada mais, nada menos do que uma integração entre os entes federais”, disse o presidente.

 

 

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