Petistas avaliam os cem primeiros dias do governo Bolsonaro
Para o líder do PT no Senado, Humberto Costa, o atual governo não tem um projeto para o país e constrange os brasileiros
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O governo de Jair Bolsonaro (PSL) completa cem dias nesta quarta-feira, 09, e já coleciona um vasto número de trapalhadas e erros graves que estão causando prejuízos para o país. O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), define que “nem os mais pessimistas poderiam imaginar que o Brasil estaria vivendo um momento como este”.
Sem projeto para o País, o governo apoia-se “em um viés fortemente autoritário, investe contra a soberania e constrange o Brasil”, aponta o senador. “É um governo que vai se inviabilizando na prática”.
Como exemplos, destacam-se a proposta de reforma da Previdência; desmonte do programa Mais Médicos; aumento do desemprego que atingiu 13 milhões de brasileiros; extinção do Ministério do Trabalho; caos na Educação; liberação indiscriminada de agrotóxicos; graves prejuízos ao agronegócio decorrentes dos delírios na política externa e entrega da Base de Alcântara.
Com base nisso, o vice-líder do Partido dos Trabalhadores, Rogério Carvalho (SE), avalia que “o saldo dos cem dias do governo Bolsonaro é a imagem da má política”.
A gestão de Jair também está marcada por graves escândalos começando pelo esquema de fake news que definiu o resultado das eleições presidenciais. Sua imagem também foi afetada pela relação com milicianos e o esquema de candidaturas laranja de seu partido, o PSL.
Esta última polêmica levou a demissão do secretário-geral da Presidência, Gustavo Bebianno. O ministro do Turismo, Marcelo Dias, também é acusado de ter envolvimento com o esquema.
O senador Jaques Wagner (BA) ironiza que o balanço do início deste governo “tem uma única página, que está branco”. “O presidente – que já assumiu que não nasceu para ser presidente, só para ser militar – precisa sair do Twitter e começar a coordenar a equipe dele, que só faz bater cabeça”, sugere.
Para Wagner, porém, pior que a inação de Bolsonaro é a pauta que ele defende. “Colocou como pauta prioritária uma reforma que penaliza os mais pobres e alivia para os barões e sonegadores”, lembra o senador.
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