Petrobras: Chambriard defende exploração de petróleo para garantir segurança energética

“Temos que tomar muito cuidado com a reposição das reservas, a menos que a gente queira aceitar o fato de que podemos voltar a ser importadores, o que para mim está fora de cogitação”, alertou a presidente

Fernando Frazão/Agência Brasil)

Magda Chambriard reafirmou o compromisso da Petrobras em zerar as emissões de gases poluentes até 2050

Sob a presidência de Magda Chambriard, a Petrobras seguirá como uma empresa que atuará com “respeito à sociedade brasileira”. A garantia foi dada na primeira entrevista coletiva dela no comando da companhia, na segunda-feira (27). À imprensa, Chambriard defendeu a estratégia de reforçar as reservas de petróleo para garantir a segurança energética do país, o controle de preços dos combustíveis e novos investimentos no mercado de gás natural e de refino.

“Temos que tomar muito cuidado com a reposição das reservas, a menos que a gente queira aceitar o fato de que podemos voltar a ser importadores, o que para mim está fora de cogitação”, alertou a presidente. “O esforço exploratório dessa empresa tem que ser mantido, tem que ser acelerado”, defendeu.

Chambriard elencou o que classifica como novas fronteiras de exploração, a exemplo da bacia do Foz do Amazonas e da bacia de Pelotas. A margem equatorial brasileira é destacada por especialistas como um possível “novo pré-sal”. A região cobre uma extensão de mais de 2,2 mil quilômetros de litoral, indo do Rio Grande do Norte ao Amapá e inclui as bacias hidrográficas da foz do Rio Amazonas.

Transição energética

Ela reafirmou ainda o compromisso a Petrobras em zerar as emissões de gases poluentes até 2050.

“O MMA [Ministério do Meio Ambiente] precisa ser mais esclarecido sobre a necessidade do país e da Petrobras de explorar petróleo e gás até para liderar a transição energética”, disse. “Tem muito investimento sendo feito na direção do net zero: projetos grandiosos de captura de CO2, produção de energia renovável e derivados e petróleo verdes, esforços na direção do hidrogênio. Vamos investir nessa diversidade de geração de energia”.

Acionistas

Magda também defendeu uma gestão equilibrada, que possa atender aos interesses do povo brasileiro, o maior acionista da empresa, bem como dos acionistas privados. “A Petrobras é perfeitamente capaz de garantir retorno aos acionistas, sejam eles privados ou governamentais, da melhor forma, com muito empenho”.

A gestora garantiu ainda que a empresa dará lucro. “Nós vamos respeitar a lógica empresarial. Não há como gerir uma empresa dessas sem respeitar a lógica empresarial. Dando lucro, sendo tempestivo, atendendo os interesses tanto dos acionistas públicos quanto dos privados, nós vamos fazer”, afirmou, na sede da empresa, no Rio.

Da Redação, com Agência Brasil e Folha de S. Paulo

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