Pimentel aposenta 1,5 mil servidores que aguardavam o ato há cerca de 16 anos
Atos de aposentadoria e convocação de concursados revelam ainda mais a desorganização da administração do PSDB, que governou o estado antes do petista
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O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), cumpriu, nesta quarta-feira (12), acordo assinado com os servidores públicos do estado e publicou, na Imprensa Oficial, a lista com os nomes de mais 1,5 mil servidores de diversas áreas, mas principalmente da educação, que serão aposentados.
O programa para reduzir um déficit de aproximadamente 30 mil aposentadorias do estado começou em junho. Com este último ato, são mais de quatro mil servidores que aguardavam a aposentadoria há cerca de 16 anos. De acordo com o deputado estadual Rogério Correia (PT), o PSDB afastava os servidores, mas não os aposentava, e isso impedia de abrir vaga no funcionalismo.
“Ele fica num estágio em que recebe, mas não aposenta e não abre a vaga. É muita gente, mas estamos regularizando a situação dos servidores públicos. Quem entrar com o pedido se aposenta em, no máximo, dois meses”, ressalta Correia.
Por outro lado, o governo de Minas Gerais convoca, com a abertura das vagas, aprovados em concursos passados. De acordo com o deputado, Pimentel assumiu o governo com o quadro de pessoal distribuído em 1/3 de contratados, 1/3 designados pela Lei 100 e 1/3 de concursados. Agora, são chamados, em média, 1,5 mil servidores ao mês.
“Até o fim do mandato serão chamados 60 mil servidores. Queremos chegar a 2/3 de concursados, mas para completar o restante será necessário um outro governo”, explica o deputado.
Falta de gestão – Para o deputado petista, a desorganização e a intenção de administrações passadas em economizar com a não contratação de pessoal são alguns dos motivos do estado crítico do funcionalismo público encontrado pela gestão de Pimentel.
“Isso mostra que o choque de gestão era só choque, gestão que é bom, nada. Havia um arrocho no servidor público, e uma falta de respeito”, destaca Correia.
Por Guilherme Ferreira, da Agência PT de Notícias