Povo peruano ocupa as ruas para defender a democracia neste sábado (19)
Movimentos sociais e lideranças políticas querem garantir posse do presidente eleito do Peru, Pedro Castillo. Segundo organizadores, povo irá “garantir o respeito ao resultado eleitoral democrático”
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Movimentos sociais, sindicatos e grupos de políticos peruanos convocaram o povo para participar, neste sábado (19), em Lima, de uma grande manifestação em defesa da democracia, pela garantia de posse do presidente eleito Pedro Castillo. Segundo os organizadores, o povo peruano irá “garantir o respeito e defender o resultado eleitoral democrático” e contra qualquer intenção de golpe de Estado. A marcha está programada para o início da tarde na Praça San Martín.
A manifestação é uma reação às tentativas da candidata derrotada Keiko Fujimori de deslegitimar a eleição sob o argumento de que houve “fraude”. Fujimori também se recusa a reconhecer o resultado divulgado pelo Escritório Nacional de Processos Eleitorais (ONPE) na última terça-feira (15).
Na quinta-feira (17), representantes de movimentos sociais e líderes políticos participaram de uma entrevista coletiva para “fazer um apelo” ao povo para apoiar Pedro Castillo, vencedor de uma eleição apertada, com 50,125% dos votos, contra 49,875% de Fujimori.
Para Lenin Checco, da Frente Ampla, a marcha é uma defesa da vontade popular. “Os cidadãos que realmente respeitam a democracia farão valer o voto que já foi dado”, afirmou.
“Eles pretendem ignorar o resultado eleitoral com truques legais, mentiras, e perseguições às autoridades eleitorais e aos jornalistas”, disse Verónika Mendoza, candidata derrotada pelo Movimento Novo Peru.
“A pátria nos chama a defender a democracia e a construir um país onde todas as vozes sejam ouvidas, uma nova pátria na qual todos estejamos unidos e abraçados com o mesmo espírito democrático”, conclamou.
Já o deputado eleito pelo Juntos pelo Peru Roberto Sánchez, expressou repúdio a “uma vontade antidemocrática e um esforço sistemático de ignorar a vontade dos cidadãos”. Ele condenou Fuhimori por insistir em ruptura institucional “na pior crise, não reconhecendo o exercício da democracia e da justiça eleitoral”.
Da Redação, com informações de TeleSUR TV e La República