Presidente do PT-PR e deputados do PT pedem impeachment de Ratinho Jr.
Deputado estadual Arilson Chiorato aponta infrações políticas e administrativas ocorridas durante o processo de privatização das escolas públicas
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O pedido de impeachment do governador Ratinho Jr. foi apresentado na terça-feira (18) pelo deputado estadual Arilson Chiorato (PT) à Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) com apoio de toda a bancada do PT. O documento, que embasa o pedido, aponta infrações políticas e administrativas ocorridas durante o processo de privatização das escolas públicas.
Unanimidade entre a oposição, o pedido foi assinado pelas deputadas Ana Julia e Luciana Rafagnin e os deputados Dr. Antenor, Professor Lemos, Renato Freitas, Requião Filho e Goura (PDT). Um abaixo-assinado também foi disponibilizado pelo parlamentar, permitindo a manifestação popular ao pedido de impeachment.
São cinco tópicos descritos na denúncia, como privatização de serviço essencial sem autorização constitucional, abuso e desvio de finalidade da publicidade institucional, perseguição a servidores e dirigentes sindicais, disparos em massa de vídeos contra greve usando dados internos de pais de alunos e imposição de sigilo a documentos da Secretaria Estadual de Educação (Seed).
“O governador Ratinho Jr. cometeu crimes que atentam contra o exercício dos direitos políticos, (a livre manifestação), individuais (a livre sindicalização, perseguição política e uso de dados) e sociais (o direito à educação). Também feriu a lei orçamentária estadual (previsão de contratação de empresas para terceirização)”, pontua o deputado Arilson.
“Além disso, o governador Ratinho Jr. também atentou contra a probidade da administração ao realizar contratação sem licitação, usar a máquina estadual contra o livre exercício do direito de greve e desvio de finalidade da publicidade institucional. Todos esses apontamentos foram embasados em denúncias recebidas”, afirma o parlamentar.
O deputado, que entrou com o pedido de impeachment, comenta sobre os principais pontos do documento. “O principal é o projeto de privatização de serviços essenciais sem autorização constitucional. O projeto de privatização já existe em duas escolas do Paraná! Além de ser um fracasso, relatado pelos próprios professores dos colégios, o processo de contratação das empresas não passou pela aprovação dos deputados, o que é inconstitucional”.
O segundo tópico é sobre o abuso e desvio de finalidade da publicidade institucional. “O Ratinho Jr. está usando a propaganda institucional do Governo para se defender, fazer política e enganar a população sobre a privatização das escolas públicas! Ele está gastando dinheiro público para atacar os argumentos da comunidade escolar contra o fim da educação pública! Quantos milhões foram gastos nisso?”, questiona.
O terceiro argumento, que embasa o pedido de impeachment, é a perseguição aos servidores e dirigentes sindicais. “Pediu a prisão da presidente da APP-Sindicato, afastou diretoras que participaram da greve, fraudou listas de chamadas para enganar os paranaenses dizendo que a greve teve baixa adesão. E pediu abertura de inquérito policial acusando a APP de atentar contra o estado democrático. Ele quer criminalizar os educadores”, ressalta o parlamentar.
Quarto ponto: disparo em massa de vídeos contra greve usando dados internos de pais de alunos. “Usou dados internos do Governo do Paraná para disparar vídeos aos pais dos alunos contra a greve dos professores. Lembrando que isso já aconteceu em 2022, quando o governo enviou mensagens golpistas pró-Bolsonaro”.
O quinto tópico é a imposição de sigilo por cinco anos aos documentos da Secretaria de Estadual de Educação. “Mesmo que após pressão popular tenha causado o recuo do Governo, a improbidade administrativa de ocultar informações públicas está configurada. O que tem a esconder o privatizador Ratinho Jr.? É um direito de todo paranaense saber o que se passa no Palácio Iguaçu”, afirma o parlamentar.
Abaixo-Assinado – O documento pode ser assinado neste link (https://chng.it/8FjgJhBJwy). “Essa foi mais uma maneira encontrada para tornar o processo democrático, pois permite a participação de todos”, pontua o deputado Arilson.
Da assessoria do deputado Arilson Chiorato