Presidente do TRF-4 que elogiou Moro deve julgar Lula no caso do sítio
Carlos Alberto Thompson Flores já agiu para impedir a liberdade do ex-presidente e, em diversas ocasiões, demonstrou que quer manter Lula preso
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Mais uma prova da farsa judicial para manter Lula preso: o desembargador Carlos Alberto Thompson Flores deve participar do julgamento do recurso do ex-presidente contra a injusta condenação pelo caso do sítio em Atibaia. Ele é presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) e elogiou a sentença de Sérgio Moro sem ter sequer lido o texto. Além de já ter atuado para manter Luiz Inácio Lula da Silva em seu cárcere político.
Após a sentença injusta proferida pelo agora ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PSL), Flores afirmou, sem ter lido os autos, que a condenação sem provas de Moro foi “irretocável” e “histórica”. Em entrevista ao Estado de S. Paulo, quando questionado se havia gostado da decisão, respondeu: “gostei. Isso eu não vou negar”.
Na mesma entrevista, o desembargador fez uma série de elogios ao juiz que prendeu o ex-presidente de forma arbitrária, o que facilitou a vitória nas eleições de Bolsonaro, que mais tarde recompensou o magistrado. “Muito preparado, estudioso, íntegro, honesto, cujo trabalho já está tendo um reconhecimento, inclusive internacional. É um homem que está cumprindo a sua missão”, disse Flores sobre o ex-juiz.
“Gostei. Isso eu não vou negar”, disse Thompson Flores sobre a sentença de Moro
Ele vai assumir a vaga do desembargador Victor Laus, que vai deixar o cargo na 8ª Turma do Tribunal e, com a mudança, deve participar do julgamento do recurso da defesa de Lula no caso do sítio de Atibaia. A sentença foi dada em fevereiro pela juíza Gabriela Hardt, que copiou a peça do então Juiz Sérgio Moro para condenação no caso do Triplex.
O processo chegou ao TRF-4, órgão de segunda instância, neste mês, pouco depois que o Superior Tribunal de Justiça reduziu a pena de Lula no caso do Triplex, o que abriu a possibilidade para que a defesa pedisse remição da pena nos próximos meses. Nesse contexto, a rapidez com que o segundo processo está tramitando é mais uma prova da farsa jurídica armada para manter preso injustamente a maior liderança política do país.
O próprio Thompson Flores já esteve envolvido em uma batalha de decisões judiciais para impedir que Lula fosse libertado em julho do ao passado quando o desembargador Rogério Favreto, que estava de plantão, concedeu um habeas corpus para o ex-presidente. Depois de uma série de interferências do então juiz Sérgio Moro e do desembargador Gebran Neto, Flores decidiu arbitrariamente que o ex-presidente continuaria preso.
A lista de fatos que provam a parcialidade do Tribunal e perseguição política contra Lula também incluem uma petição online pela prisão do ex-presidente que foi divulgada por Daniela Tagliari Kreling Lau em janeiro de 2018 quando trabalhava como chefe do gabinete de Thompson Flores. A coleta de assinaturas estava sendo divulgada pela servidora em seu perfil no Facebook.
Da Redação da Agência PT de Notícias com informações do Jornal GGN, Estado de S. Paulo e Veja