PT é síntese de vontades, histórias de vida e organização no Brasil, diz Fontana

Secretário-geral lembrou, em entrevista à TvPT, que partido liderou uma frente nos últimos 9 anos, venceu 5 eleições presidenciais e ficou em segundo lugar em 4

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“Nós queremos continuar construindo um país das oportunidades, sempre na direção do combate à desigualdade”, afirma Henrique Fontana, secretário-geral do PT

O secretário-geral do Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras, Henrique Fontana, deputado federal pelo PT no Rio Grande do Sul, afirmou, em entrevista ao Jornal PT Brasil, da TvPT, que o PT representa a síntese de muitas vontades, histórias de vida, organização da base da sociedade, tanto no meio sindical quanto nos movimentos sociais. Por isso, está presente na vontade de milhões de brasileiros e brasileiras, assim como conta com intelectuais e artistas que ao longo da história construíram o partido.

No próximo sábado, dia 10 de fevereiro, o PT completa aniversário de 44 anos de vida. Na série das comemorações, a TvPT tem entrevistado diariamente presidentes de diretórios estaduais do PT, além da presidenta Nacional, deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-RS), dirigentes e parlamentares da legenda com mandatos na Câmara dos Deputados.

Fontana afirmou que o PT, apesar de ainda ser um partido jovem no cenário político, foi capaz de vencer as eleições presidenciais cinco vezes e conseguiu ficar em segundo lugar em outras quatro. “Nestes últimos anos, nas nove eleições presidenciais no Brasil, o PT sempre liderou uma frente que ou venceu as eleições, ou ficou em segundo lugar”, comentou.

“Nós também construímos uma grande liderança, que é uma espécie de movimento duplo. O presidente Lula é uma liderança fundamental na construção do PT. E nós, PT, somos um partido fundamental na construção da liderança do presidente Lula”, frisou.

O secretário-geral citou o importante protagonismo do partido, mas fez questão de compartilhar essas conquistas com aliados, pessoas que estão em outras legendas do mesmo campo político (centro-esquerda), enaltecendo a construção coletiva, afinal, “não fazemos as mudanças que fazemos e não conquistamos as vitórias que conquistamos sozinhos”.

O parlamentar citou como resultado dessa união de forças a construção grande frente para a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022, mesmo com o então presidente se valendo de recursos federais e do uso da máquina pública a seu favor.

Segundo a pesquisa Atlas Intel, publicada nesta terça-feira (6), o PT continua sendo, disparado, o partido com maior preferência do eleitorado brasileiro, 29,3%, e o presidente Lula, cada vez mais, ampliando sua avaliação positiva e desempenho, com 52%, dois pontos a mais que no último levantamento. “Quando a gente lê estas pesquisas, elas são muito importantes, porque mostram que uma parcela crescente da população está voltando a sintonizar com este projeto de país que nós lideramos ao governo do Brasil”, disse.

Para Fontana, a avaliação do primeiro ano do terceiro de mandato de Lula como presidente da República é extremamente positiva, ainda mais levando-se em conta as condições em que sua vitória eleitoral foi conquistada e o projeto do partido e do governo para combater o acúmulo histórico de desigualdade social.

“A grande diretriz do governo Lula, do nosso governo, do nosso partido, é lutar, trabalhar dia e noite para combater a desigualdade e garantir direitos para aqueles que estão na base da pirâmide social, para aqueles que ainda não têm um emprego digno, para aqueles que ainda não têm moradia digna, para aqueles que ainda enfrentam dificuldades para ver todos os seus filhos estudando em escola de qualidade, tendo a oportunidade de seguir adiante num curso técnico, encontrando um bom emprego numa universidade e assim por diante”, falou.

O secretário-geral defendeu a necessidade combate às redes de ódio, de intolerância, a grande especialidade daquilo que foi o governo Bolsonaro. “O incentivo à divisão do país, o incentivo a polêmicas e a pautas que dividiam o país no sentido não da divisão em torno de ideias, que isso sempre é positivo em uma democracia, mas procuravam dividir o país em redes de ódio, de intolerância, onde aquele que pensa diferente tem que ser eliminado, é o inimigo.”

Para Fontana, esse é o motivo de o governo Lula ter como lema união e reconstrução. “O presidente Lula tem sido o grande condutor deste movimento. Óbvio que o nosso governo tem temas a melhorar, tem desafios a superar, tem rumos a corrigir. Agora, o fato é que, neste primeiro ano, todos os programas que havia sido desestruturados durante o governo que nos antecedeu, foram retomados, programas fundamentais para as pessoas, como a volta do Mais Médicos, por exemplo, do Minha Casa, Minha Vida e programas novos como o Pé de Meia, onde o país investe no jovem para que ele permaneça no ensino médio”, relatou o petista.

Desafios de 2024

Fontana falou também sobre os desafios como secretário-geral do PT para as eleições de 2024, como diz a presidenta Gleisi, antessala para as eleições de 2026. “Nós estamos bastante mobilizados. O PT hoje tem 2.600 vereadores, aproximadamente, no país. A minha expectativa, isto não é evidente uma bola de cristal, mas eu calculo e sinto que é absolutamente possível, chegar a este objetivo de que o PT, no mínimo, duplique o número de vereadores eleitos no Brasil, chegando, então, em torno de 5.200, 5.500 vereadores nesta próxima eleição”, disse.

Segundo ele, essa ampliação deve vir acompanha também pela dos partidos aliados, PCdoB e PV que, junto com o PT, compõem a Federação Brasil da Esperança, assim como os demais aliados de centro-esquerda, PSOL, Rede, PDT e PSB, campo fundamental para a sustentação do governo Lula. “Porque um crescimento do número de vereadores eleitos significa um fortalecimento, uma musculatura maior, para elegermos bancadas mais fortes para a Câmara Federal, para que, no nosso próximo período de governo, nós tenhamos uma situação mais estável de sustentação dentro do Parlamento”, relatou.

Fontana disse ainda que a paridade presente na composição da direção do PT será refletida nas eleições municipais deste ano. “Queremos que cresça a representatividade real do povo brasileiro. Muitas candidaturas negras, candidaturas de mulheres, candidaturas LGBTQIA+, candidaturas indígenas. Nós temos esta preocupação de crescer com a oportunidade para que estas candidaturas apresentem a sua cara, a sua visão de Brasil, para que, de fato, os parlamentos municipais tenham esta representação do Brasil real”, afirmou.

Da Redação

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