PT-SP: Projeto SP reforça mobilização para disputa no estado

Fórum de Conjuntura debate ações do partido para oposição permanente ao governo do PSDB e defesa dos governos do PT com Lula e Dilma

A sétima edição do Fórum de Conjuntura Eleitoral desencadeou três iniciativas para consolidar o enfrentamento permanente ao governo do PSDB e a reaproximação com a militância e bases da sociedade: mobilização, comunicação e planejamento.

Essa foi o primeiro encontro da parceria entre o GTE PT-SP e o  Projeto Estados da Fundação Perseu Abramo, o “Projeto SP”. Realizado na noite de quarta-feira (1º), na sede estadual do PT, a reunião registrou o maior público desde a primeira etapa, iniciada em abril, com o comparecimento de 110 pessoas.

“O ‘Dia Mensal de Mobilização do PT’ e a construção do Fórum dos Movimentos Sociais são instrumentos essenciais para a disputa da hegemonia no estado de São Paulo”, enfatizou o palestrante e secretário de Relações Governamentais da capital paulista, Alexandre Padilha.

“A atual conjuntura nos leva ao debate da reflexão e essa iniciativa de percorremos todo o estado de São Paulo, ao lado de lideranças, que sempre foi uma marca do PT, se torna fundamental para se reaproximarmos de nossas bases partidárias e dos movimentos sociais”, avaliou o deputado estadual Luiz Turco.

“O Fórum dos Movimentos Sociais de São Paulo é um caminho para debater os problemas do estado, mas não dá para ficar apenas no diagnóstico. Temos que construir grandes mobilizações para fazer o enfrentamento e combater a política do ódio e neoliberalismo de setores da direita e da imprensa”, explicou o vice-presidente estadual da CUT e coordenador da Macro Guarulhos/Alto Tietê, Douglas Izzo

“Foram excelentes intervenções do público presente. A parceria do GTE com o Projeto SP produzirá pautas e embasamentos para debates qualificados nas edições do Dia Mensal de Mobilização, que se transformarão futuramente em acumulo para a elaboração dos programas de governos e disputa das eleições de 2016”, analisou o secretário estadual de Juventude, Rodrigo Funchal.

Projeto SP – Sob a coordenação do presidente da Associação Brasileira de Municípios (ABM), Eduardo Tadeu Pereira, o Projeto SP é uma rede de colaboradores que atua na defesa das conquistas dos governos Lula e Dilma.

O grupo pretende contribuir com a construção de um projeto de esquerda para o estado paulista, por meio do aprofundamento do diagnóstico, desenvolvido pelo “Projeto Estados” da Fundação Perseu Abramo, e contribuições para os programas de governos municipais e estadual, juntamente com os movimentos organizados e representantes da sociedade.

PT e a sociedade – O ex-ministro dos governos Lula e Dilma reforçou a necessidade do embate político na sociedade e o aprofundamento do diagnóstico dos problemas do maior estado da Federação, ao longo dos próximos quatros anos, na discussão de um projeto alternativo para o estado de SP.

“Considerando a importância do nosso discurso e construção de oposição permanente ao PSDB e seus aliados no estado, bem como ajudar na preparação dos programas de governos do PT e aprofundamento do diagnóstico para as eleições locais de 2016, se torna importante a atuação diária dos nossos atores políticos”, ressaltou Padilha.

Diante do atual cenário, ele destacou dois passos imediatos para ações concretas do fortalecimento de oposição permanente à gestão tucana e a retomada do diálogo com setores da sociedade: a criação do Dia Mensal de Mobilização do PT-SP e a construção do Fórum dos Movimentos Sociais de São Paulo.

“Acredito que conseguimos construir neste momento um ambiente que possa dar conta, com a capacidade e liderança do PT aliada a força dos movimentos sindicais, sociais, populares e aliados partidários, de construir uma oposição permanente e qualificada no estado de SP com estas duas ações”, enfatizou Padilha.

A primeira empreitada surgiu da necessidade da direção estadual do PT em conjunto com as bancadas estaduais e federais do partido, se reaproximarem da base social e das demandas locais e regionais, ao percorrerem ao longo dos próximos 20 meses, em sistema de rodízio, todo o estado de São Paulo.

Já a segunda ação compreende a união de cerca de 60 instâncias populares da sociedade e aliados partidários que se opõem ao atual projeto político liderado pelo PSDB, na discussão sobre pautas em comum.

Sustentação do ciclo – Para Padilha, a continuidade ao ciclo histórico, iniciado pelos Governos Lula e Dilma nos últimos 12 anos, depende do enfrentamento e ações do estado de São Paulo.

“O Brasil não dá conta de enfrentar os desafios colocados de redução da desigualdade social, retomada do crescimento econômico e ampliação da diversidade e reposicionamento do país no cenário mundial, se São Paulo não colaborar com a retomada deste projeto para o país. O PSDB é um mal para o nosso estado de São Paulo, pois já demonstrou a incapacidade em enfrentar estes desafios”, analisou, ao citar o protagonismo e potencial econômico, cultural e histórico do maior estado da Federação, com mais de 40 milhões de habitantes.

Olhar Paulista – De acordo com o secretário do Governo Haddad, Alexandre Padilha, a direita conservadora perdeu o debate econômico com o campo popular democrático em toda a América Latina e partiu para o ataque de criminalização à esquerda e aos valores morais da sociedade.

“Não só mostramos que conseguimos gerenciar a economia de um país, como ter credibilidade, ao atrair investimentos e realizarmos uma profunda redução da desigualdade econômica e social nos país”, avaliou.

Segundo Padilha, uma das metas é realizar atividades públicas e agendas de mobilização que abordem o estado de São Paulo. “Em geral, nós pautamos os assuntos que o PSDB quer pautar no estado: a discussão nacional, regional ou local”, alertou.

Próxima reunião – O Fórum de Conjuntura Eleitoral do GTE PT-SP realiza o oitavo encontro (Temática: Comunicação) no dia 15 de julho, às 19h, na sede do PT-SP. O espaço é aberto para a participação dos militantes, dirigentes, parlamentares, prefeitos, prefeitas e vices, coordenadores e coordenadoras de Macros, representantes dos movimentos sociais e entidades da sociedade civil.

Por Fábio Sales, para a Agência PT de Notícias

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