Quem é Raul Jungmann, o golpista a quem Moro pedirá conselhos
Elogiado pelo sucessor, o atual ministro da Segurança é um aliado fiel de Michel Temer e tem coleciona episódios controversos na vida pública
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A comitiva suspeita de novos amigos do juiz-ministro Sergio Moro aumenta a cada dia. Depois de rasgar seda para o corrupto Onyx Lorezoni, ele elogiou Raul Jungmann e diz querer o ministro de Temer como seu “conselheiro informal” no governo.
“Gostaria de contar com o ministro Jungmann como um conselheiro informal, com toda sua experiência na área da gestão pública e na área da segurança”, declarou após uma reunião, em Brasília. Jungmann retribuiu dizendo que está disponível “agora e depois”
O político filiado ao PPS passou pelo ministério da Defesa e “estreou” o Ministério da Segurança Pública do governo golpista. Seu grande legado é a fracassada intervenção federal no Rio de Janeiro.
Ele próprio definiu o projeto como um “copo meio vazio e meio cheio”, admitindo as dificuldades em diminuir os efeitos da violência. “Ainda há tiroteio, problema da bala perdida, dos enfrentamentos, roubos etc.”, disse ao jornal ‘O Globo’.
Temerista de primeira hora, Jungmann fez ampla campanha pelo golpe contra Dilma. Foi pessoalmente ao gabinete do então chefe da PGR, Rodrigo Janot, pedir que ele investigasse a presidenta eleita. Também acionou a Justiça para impedir a posse de Lula como ministro da Casa Civil, em 2015.
Vereança fantasma e outros casos
Jungmann apareceu na planilha de pagamentos da Odeberecht, sob o apelido “Bruto”, ao lado da inscrição “50+50”. O valor seria referente a doações para a campanha de 2012, quando Jungmann se elegeu vereador em Recife.
É dessa época um outro caso: ao assumir vaga de suplente na Câmara, o então vereador manteve dois mandatos e recebeu dois salários por cerca de um mês.
Da época que foi ministro de FHC, ele foi investigado por fraude em licitação, peculato e corrupção em contratos de publicidade que somavam R$ 33 milhões nos ministérios de Política Fundiária (1996-1999) e do Desenvolvimento Agrário (1999-2002). O caso foi arquivado, em 2011, por falta de agilidade da Justiça.
Também nessa época, respondeu ao STF por usar aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) para fins particulares.
Da Redação Agência PT de Notícias