Resistência democrática: o 8 de março e a luta por um Brasil mais justo
Nesta data especial, deputadas petistas destacam o papel fundamental das mulheres na defesa da democracia e no enfrentamento aos retrocessos
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No Dia Internacional da Mulher, celebrado neste 8 de março, deputadas petistas destacam o papel fundamental das mulheres na defesa da democracia e no enfrentamento aos retrocessos e ataques aos direitos conquistados ao longo dos anos. Em resistência contra o bolsonarismo e à extrema direita, as parlamentares petistas reforçam a importância da mobilização e da solidariedade para garantir um futuro mais igualitário e justo, contra os avanços do fascismo.
As deputadas lembram da importância do 8 de março como um dia de luta e resistência, não apenas simbólico, mas também político. Em um momento em que o Brasil enfrenta desafios democráticos e sociais, as mulheres seguem na linha de frente, defendendo direitos, combatendo a violência de gênero e exigindo justiça e igualdade para todas.
Para a futura ministra da Secretaria de Relações Institucionais, a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), é fundamental que as mulheres permaneçam “atentas e mobilizadas” na defesa da democracia e de seus direitos, para que nunca mais seja permitido o retrocesso.
“A história já nos mostrou que, em tempos de ataques à democracia, são as mulheres as primeiras a sentir na pele as consequências, seja pela perda de direitos, pela precarização do trabalho ou pelo aumento da violência”, afirmou Gleisi. Ela ainda garantiu que “unidas, e ao lado do presidente Lula, seguimos firmes na luta por um Brasil mais justo, igualitário e livre de qualquer forma de opressão”.
Luta democrática

A deputada Ivoneide Caetano (PT-BA) ressaltou que as mulheres sempre estiveram na vanguarda da luta democrática no Brasil. “Do combate à ditadura militar à atual resistência contra o bolsonarismo e à extrema direita, seguimos firmes, organizando redes de solidariedade e mobilização”, diz. Ela lembra que, apesar de os ataques às políticas públicas e à liberdade, as mulheres não recuaram. “O 8 de março não é apenas uma data simbólica, é um marco de luta para reafirmarmos nosso compromisso com um Brasil mais justo e igualitário.”

Para a deputada Erika Kokay (PT-DF), a democracia só será plena quando as mulheres conquistarem direitos iguais e a equidade de gênero for uma realidade. “Não existe democracia enquanto tivermos tanta dor por sermos mulheres. Por isso, para construir um país verdadeiramente democrático, é preciso assegurar direitos iguais a homens e mulheres”.
Ela destacou que a luta pelos direitos das mulheres é fundamental para a construção de uma sociedade justa e igualitária. “Precisamos de equidade de gênero para que possamos estar em todos os lugares que quisermos. A luta em defesa dos direitos das mulheres é a luta que carrega, de forma estruturante, a luta pela democracia”, ressalta Erika.
Prisão de Bolsonaro
A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Jair Bolsonaro e 33 aliados levou, mais uma vez, os parlamentares do Partido dos Trabalhadores a defenderem de forma enfática da democracia, do Estado Democrático de Direito e a colocarem um ponto final em qualquer tentativa de anistia aos golpistas.
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Para a deputada Ivoneide a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, representaria um passo crucial contra o autoritarismo e a desinformação. No entanto, ela alerta que a luta não termina aí. “Precisamos fortalecer instituições, garantir que os direitos das mulheres sejam prioridade e seguir combatendo a extrema direita, que insiste em atacar nossas vidas e dignidade”, diz. A parlamentar reforça que a luta das mulheres é pelo direito de existir sem medo e por um país que valorize a diversidade e promova justiça social. “Seguiremos ocupando espaços de decisão, fortalecendo nossas redes e exigindo políticas públicas para todas, especialmente para as mulheres negras, indígenas e periféricas.”

A deputada Adriana Accorsi (PT-GO) criticou o que chama de “perfil golpista” de Bolsonaro, lembrando suas declarações polêmicas e seu envolvimento nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. “Durante a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito), que apurou os atos golpistas e outros crimes contra a nossa democracia, nós pudemos ver as provas, ouvimos testemunhos e tivemos acesso às investigações. É tudo muito grave”, afirma. A deputada salienta que a denúncia da PGR veio com um conjunto de provas irrefutáveis, incluindo documentos apreendidos, registros de comunicação e depoimentos. “A justiça precisa ser feita como única saída para Bolsonaro e os demais envolvidos nestes crimes graves contra a democracia”, observa.
Ela ainda faz um paralelo com o período da ditadura militar, ao destacar que a impunidade dos crimes cometidos pelos agentes do Estado permitiu a retomada do pensamento golpista no Brasil. “Não podemos esquecer. Por isso, é sem anistia”.
Bolsonarismo
Accorsi destacou o protagonismo das mulheres na resistência democrática e no enfrentamento aos desafios impostos pelo bolsonarismo. “Elas foram as maiores vítimas da política desumana e cruel de um governo extremista que promoveu ódio, preconceito e violência no país”, afirma. Adriana critica o governo Bolsonaro por ter “feito piada com a dor de milhares de famílias durante a pandemia, empurrado milhões para a fome, difundido armas e enfraquecido os mecanismos de combate à violência, especialmente contra a mulher.”
A deputada também chamou a atenção para o aumento da violência de gênero durante a pandemia de Covid-19. “Desde a pandemia, quando mulheres e crianças precisaram estar mais dentro de casa, local onde ocorrem 64,3% dos feminicídios, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública ressaltou um crescimento expressivo nos registros de violência contra a mulher”, explica a parlamentar. Ela atribui esse cenário aos cortes de recursos e à desarticulação dos programas de combate à violência de gênero. “Precisamos enfrentar os feminicídios, estimular a qualificação e o empreendedorismo feminino, pois a autonomia financeira é um caminho para a independência, a garantia de direitos e uma vida sem violência”, defende.
Governo Lula
Sob a gestão do presidente Lula, as brasileiras têm avançado em direitos e oportunidades, com políticas que promovam a igualdade e a proteção.
Gleisi Hoffmann destacou algumas delas. “Além da importante aprovação da Lei da Igualdade Salarial entre Mulheres e Homens, que considero um grande avanço, também conquistamos a lei que garante pensão aos filhos de vítimas de feminicídio, ampliando o amparo às famílias. Em dois anos de Governo Lula, as brasileiras passaram a contar com uma ampla rede de serviços do governo federal voltada à sua proteção, garantindo acesso a direitos, mais oportunidades no mercado de trabalho e políticas públicas socioassistenciais”.
A parlamentar apontou ainda o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida que colocam as mulheres no centro das políticas públicas, fortalecendo sua autonomia financeira e garantindo mais segurança para aquelas que são responsáveis pela maioria dos lares brasileiros.
Outro exemplo mencionado por Gleisi é o Programa de Dignidade Menstrual, que promove o bem-estar e a saúde das mulheres em situação de vulnerabilidade.
A futura ministra de Lula – que toma posse nesta segunda-feira (10/3) – garantiu que diversas ações estão sendo implementadas para prevenir a violência doméstica e o feminicídio. “A defesa dos direitos das mulheres sempre foi uma das principais bandeiras do meu mandato. Fui a relatora da Lei do Feminicídio e é gratificante ver que, com o Governo Lula, as brasileiras voltaram a ser prioridade, com políticas que garantem mais proteção, igualdade e oportunidades”.
Do PT na Câmara