Resistência por Lula Livre completa um mês no ABC paulista

Sindicato dos Metalúrgicos foi palco de ato que relembrou 30 dias da prisão política de Lula, com a resistência iniciada no berço do Novo Sindicalismo

Ricardo Stuckert

Ato percorreu as ruas de São Bernardo do Campo por Lula Livre

O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, berço do Novo Sindicalismo durante a luta contra a ditadura entre os anos 1970 e 1980, tornou-se mais uma vez local simbólico da história brasileira ao receber o início da resistência em defesa de Lula no dia 5 de abril. Nesta segunda (7), São Bernardo do Campo se coloriu mais uma vez de vermelho com o ato de resistência pelos 30 dias de prisão política do ex-presidente.

A fachada do sindicato estava coberta de faixas em defesa de Lula e em memória da vereadora carioca Marielle Franco, assassinada covardemente há quase dois meses. A agitação e o sentimento de injustiça e indignação tomavam as pessoas em torno prédio que serve para a organização política dos metalúrgicos do ABC paulista.

Por toda a tarde, professores, estudantes, químicos, jornalistas, trabalhadores de diversas profissões e militantes de movimentos sociais como os sem-teto estiveram em unidade por Lula Livre. Pelo menos 5 mil pessoas marcharam da sede do sindicato até a praça da Igreja Matriz, aos gritos de “Lula Livre”,  caminhando pela avenida Marechal Deodoro, tradicional palco de lutas na cidade.

Estiveram presentes militantes do PT e de outras legendas como o PCdoB, o Psol e o PCO, além de lideranças políticas como a presidenta do PT e senadora, Gleisi Hoffmann; a presidenta da Apeosp, Bebel Noronha; o presidente da CUT, Vagner Freitas; o presidente do diretório estadual de São Paulo, Luiz Marinho; o presidente do SMABC, Wagner Santana.

Concentração para o ato em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC

Afirmando que era uma data dolorosa, por fazer 30 dias que retiraram Lula da convivência de seus companheiros e familiares, a presidenta do PT reiterou que o ex-presidente é o candidato do partido e não há plano B. “Lula pode e vai ser o nosso candidato. O PT vai registrá-lo em agosto”, disse Gleisi Hoffmann.

Segundo a senadora, “Lula é inocente e é o preferido do povo brasileiro. Vão querer impugnar a candidatura dele, mas vamos defender Lula. Sabemos que o processo que condenou Lula não tem provas e que Lula ainda será inocentado pelas instâncias superiores”.

“Nós vamos defender o presidente Lula até as últimas instâncias e já temos fundamento jurídico e base legal para Lula se tornar candidato e presidente, porque ele é a esperança do povo brasileiro”.

Após explicar como a legislação eleitoral brasileira permite a disputa nas eleições quando há um recurso em trâmite, Gleisi disse que “seria irresponsabilidade não defender a candidatura de Lula, ele é o candidato capaz de resgatar esse país”.

Luiz Marinho destacou que “Lula só fez o bem pelo Brasil e pelo povo brasileiro”. “Hoje fazem 30 dias de uma prisão injusta e ilegal”, acrescentou.

Citando a visita que Leonardo Boff fez a Lula na manhã da segunda, trazendo uma mensagem do ex-presidente, Marinho lembrou que Lula garantiu que será candidato se o partido quiser e que o povo irá decidir sobre sua inocência. “A grande derrota ao golpe vamos dar nas urnas em 2018”.

Senadora Gleisi Hoffmann com Vagner Freitas, Wagnão e lideranças

O presidente da CUT, Vagner Freitas, se juntou ao coro e reafirmou a posição da Central de que não tem plano B, “o candidato da classe trabalhadora é Lula”. Segundo Vagner, a resposta para os golpistas que estão acabando com direitos e destruindo a soberania do País virá das urnas.

“Temos de eleger Lula, porque ele já garantiu que fará um referendo para anular a reforma Trabalhista e todas as outras irresponsabilidades aprovadas pelo ilegítimo Temer. Sabemos da capacidade de Lula de governar para os mais pobres”, disse Vagner, ressaltando que é preciso também eleger deputados, senadores e governadores comprometidos com a classe operária.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Wagner Santana, o Wagnão, disse que “o que nós fazemos é nos indignarmos todos os dias até a liberdade do Lula, além de difundir suas ideias e suas lutas por todos os lugares que passamos”.

“O que nós queremos é o direito democrático de Lula livre para que ele possa disputar a eleição e governar para esse povo outra vez”, completou Wagnão.

Da redação da Agência PT de notícias

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