Richa gasta quase R$ 1 mi com massacre contra professores

Foram usadas mais de duas mil balas de borracha e cerca de 1,4 mil bombas de fumaça

Foto: Fotos Públicas

Curitiba- PR- Brasil-29/04/2015- Portesto de professores em greve, por conta da reforma previdenciária para os servidores públicos da educação do estado. Houve confronto entre policiais e manifestantes. Foto: Orlando Kissner/ Fotos Públicas

A ação policial violenta que deixou mais de 200 professores feriados no Paraná em abril custou ao governa local, comandado por Beto Richa (PSDB), mais de R$ 940 mil.

Segundo dados da Polícia Militar encaminhados ao Ministério Público na última semana, os policiais chegaram a disparar uma média de 20 tiros por minutos naquele fatídico dia.

Conforme o documento, os 2.516 policiais que trabalharam na operação usaram 2.323 balas de borracha e 1.413 bombas de fumaça, gás lacrimogêneo e de efeito moral e 25 garrafas de spray de pimenta contra um grupo desarmado de servidores públicos.

A PM agiu contra servidores públicos que protestavam contra a votação que autorizou o governo do estado a ter acesso a previdência dos trabalhadores estaduais. Mesmo com a violência exagerada dos policiais militares e o pedido de deputados petistas para que a votação fosse adiada, o projeto foi aprovado.

Dos 2.516 policiais militares de Curitiba, 855 foram deslocados do interior do estado para participar da operação. O gasto com o efetivo chegou a R$ 550 mil.

Já as bombas, cerca de 1,5 mil estavam prontas para o uso. Algumas delas foram lançadas contra os educadores e servidores no dia do massacre curitibano.

O artefato usado é chamado de Kit Operacional Especial Não Letal II – Longa Distância e custa R$ 14 mil a unidade. O kit lança munições não-letais, cartuchos de balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo.

A PM gastou ainda 1.094 granadas de efeito moral ou lacrimogêneo e 300 projéteis de longo alcance. Cerca de 12 projéteis de borracha eram disparados de uma só vez contra os professores.

Prioridade – O governo do Paraná gastou, só em 2014, R$ 6,3 milhões em uma licitação para compra de munição e artigos de baixa letalidade. A aquisição foi feita enquanto o estado passa por uma crise financeira e deve mais de R$ 1 bilhão a fornecedores.

Com o valor aplicado em armas não letais, Beto Richa poderia construir sete ou oito unidade básicas de saúde, aos moldes da construída recentemente na cidade de Pato Branco.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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