Rogério sugere uso de plataformas desativadas da Petrobras para turismo

Para senador petista, empresa poderia reaproveitar equipamentos para outras aplicações, evitando a necessidade de desmontagem e transporte de sucata para o continente

Felipe Dana

Segundo o senador, esse processo deveria ficar a cargo da iniciativa privada, sem aplicação de recursos públicos

As plataformas desativadas da Petrobras podem ser utilizadas como complexos turísticos ou para outras atividades econômicas. É o que prevê a indicação (INS) 66/2024, de autoria do senador Rogério Carvalho (PT-SE), encaminhada em setembro à presidente da empresa, Magda Chambriard.

Apenas para interromper definitivamente as operações de 23 dessas plataformas, a Petrobras prevê gastar US$ 11 bilhões entre 2024 e 2028, de acordo com o plano estratégico da empresa. Esse processo é feito quando há esgotamento da capacidade produtiva do campo de petróleo, o que pode acontecer antes do término da vida útil da estrutura.

Na avaliação de Rogério Carvalho, os equipamentos poderiam ser reaproveitados para outras aplicações, o que evitaria a necessidade de desmontagem e transporte da sucata para o continente. Ainda segundo ele, esse processo deveria ficar a cargo da iniciativa privada, sem a aplicação de recursos públicos.

Uso diversificado

Entre as atividades que poderiam ser desenvolvidas nas plataformas desativadas, o parlamentar sugere a aquicultura, o uso das estruturas para fixação de recifes de coral e a instalação de complexos turísticos com hotéis, restaurantes, teleféricos e experiências de mergulho e pesca.

“Esta última alternativa está sendo implementada no Golfo Pérsico pela Arábia Saudita. É o complexo chamado The Rig, construído a partir de plataformas de exploração de petróleo descomissionadas. Com previsão de inauguração em 2032 e localizado a 40 quilômetros do litoral saudita, o complexo foi planejado para se tornar uma importante atração turística, com foco em esportes de aventura”, justificou.

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Para o senador, iniciativa semelhante poderia ser desenvolvida em plataformas desativadas na costa do Nordeste brasileiro. “As águas quentes, as temperaturas amenas, a presença constante do sol e a inexistência de fenômenos atmosféricos extremos na área das bacias produtoras poderiam ser aproveitadas em prol do turismo”, argumentou.

O parlamentar lembra que o encerramento da produção de petróleo e gás “gera impactos econômicos e sociais negativos” para municípios e estados confrontantes, que deixam de receber os royalties. Para ele, o impacto seria mitigado com “atividades alternativas, perenes e ambientalmente sustentáveis, como o turismo em alto mar”.

Na INS 66/2024, Rogério propõe que a Petrobras desenvolva estudos para analisar a viabilidade da proposta.

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Do PT no Senado

 

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