Saída do Mapa da Fome: “Hoje, eu sou o homem mais feliz do mundo”, diz Lula

Em conversa por telefone com diretor da FAO, presidente celebra saída do Brasil do Mapa da Fome

Ricardo Stuckert

Governo que cuida do povo: com Lula, país também terá, ao fim de 2026, a menor taxa de desemprego da história

O presidente Lula comemorou nesta segunda-feira (28) o anúncio da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) de que o Brasil saiu, pela segunda vez, do Mapa da Fome. Logo após a divulgação, Lula conversou por telefone com o diretor-geral da FAO, Qu Dongyu, que elogiou a liderança brasileira e destacou o país como exemplo mundial no combate à insegurança alimentar.

Durante a conversa, Lula celebrou o resultado afirmando que o momento é histórico para o Brasil.

“Hoje dormirei com a consciência tranquila do dever cumprido com o meu povo. Hoje eu sou o homem mais feliz do mundo”, declarou o presidente.

O presidente enfatizou que reassumiu o governo em 2023 diante de um cenário crítico, com cerca de 33 milhões de brasileiros e brasileiras em situação de fome, provocado pelo desgoverno de Bolsonaro.

A redução da insegurança alimentar grave e da subnutrição para menos de 2,5% da população foi atribuída à execução do Plano Brasil Sem Fome, implementado em parceria entre União, estados e municípios.

“Agora precisamos de um pouco mais de esforço para que não tenhamos mais ninguém passando fome”, acrescentou Lula.

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Avanços ainda maiores

O presidente disse ao diretor da FAO que os próximos dados serão ainda melhores, já que o balanço atual inclui informações de 2022, um ano considerado “muito ruim”.

Ele reiterou que a chave para erradicar a fome e a pobreza é garantir espaço aos mais pobres nos orçamentos públicos.

“No dia em que os governantes fizerem isso, a gente vai resolver esse problema crônico da humanidade”, afirmou.

Ouça o telefonema entre Lula e diretor da FAO:

Lula também reforçou a defesa da distribuição de renda como ferramenta para combater desigualdades salariais, de gênero, de raça e de acesso ao emprego.

Durante a conversa, Lula se declarou um “soldado do Brasil e da FAO”, lembrando a criação da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, proposta pelo Brasil durante a presidência do G20 em 2024.

O projeto já reúne 101 países e tem como objetivo erradicar a fome e a pobreza até 2030.

“Não faz sentido alguns governantes estarem gastando US$ 2,7 trilhões por ano em armas e não investirem a mesma quantidade em comida e preservação ambiental”, criticou Lula.

Apesar do avanço brasileiro, ele lamentou que 733 milhões de pessoas ainda passem fome no mundo. “É uma vergonha para os governantes, já que o mundo produz alimento suficiente, mas as pessoas não têm dinheiro suficiente para ter acesso à comida.”

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Brasil como exemplo mundial

Qu Dongyu classificou o resultado como “uma grande conquista para o povo brasileiro” e afirmou que o sucesso do Brasil significa sucesso para o mundo.

“O Brasil é um exemplo disso. Vocês também estão oferecendo uma oportunidade para que aprendam com vocês. Por isso, eu gostaria de parabenizá-los”, declarou o diretor-geral da FAO.

Ele ainda confirmou que a FAO visitará o Brasil em 2026, durante o Fórum CELAC, para conhecer de perto as iniciativas que possibilitaram a saída do país do Mapa da Fome.

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Políticas que mudaram realidades

A conquista é atribuída a decisões do governo Lula que priorizaram a redução da pobreza, a geração de emprego e renda, o fortalecimento da agricultura familiar, a ampliação da alimentação escolar e o acesso à comida saudável.

Segundo dados do IBGE, até o final de 2023 o país retirou cerca de 24 milhões de pessoas da insegurança alimentar grave. Esta é a segunda vez que o Brasil sai do Mapa da Fome sob a gestão de Lula, a primeira foi em 2014, após mais de uma década de políticas consistentes.

“O dia em que cada brasileiro e brasileira estiver tomando café, almoçando e jantando todo dia, eu já terei cumprido minha missão de vida”, concluiu o presidente.


Da Redação, com informações da Agência Gov

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