Sem ter o que colocar na mesa, brasileiro agora corta gasolina e gás

Mais de 30% pretendem reduzir despesas com álcool, gasolina e diesel, aponta CNI. “Há 1230 dias Bolsonaro insiste em manter a política de preços dolarizados”, denuncia Bohn Gass

Site do PT

Governo perverso: a população se vê obrigada a escolher quais itens essenciais poderá consumir

A incompetência e o entreguismo desenfreados de Jair Bolsonaro e seu ministro apreciador de paraísos fiscais Paulo Guedes colocaram o povo entre a cruz e espada. Diante das persistentes e disseminadas altas dos preços de bens e serviços, a população se vê obrigada a escolher quais contas irá pagar e que itens essenciais poderão consumir. Sem ter o que colocar na mesa, as famílias agora estão cortando combustíveis como o gás de cozinha.

Levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que, diante do descontrole nos preços, mais de 20% dos brasileiros pretendem reduzir, pelos próximos 90 dias, gastos com combustíveis e gás de cozinha.

Ainda de acordo com a CNI, outros 30% decidiram diminuir custos com álcool, gasolina e diesel. O gás de cozinha deve ser reduzido por 26% dos participantes da pesquisa. Outros 2% declararam que irão interromper completamente as compras.

A CNI informa que a predisposição em reduzir gastos está presente em todos os segmentos dos consumidores, enquanto a intenção de cortar gastos é maior entre jovens (52%), ensino médio (54%), moradores do Norte e do Centro-Oeste (56%) e periferias (60%).

Inflação atinge mais pobres

O efeito da dupla Bolsonaro-Guedes, que esmera-se em elevar, junto com a inflação e a taxa de juros, o desemprego e queda na renda, é mais devastador sobre a população mais vulnerável. Em abril, a inflação para as famílias de baixa renda chegou a 1,06%, ante 1% para a faixa de renda mais alta, aponta estimativa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgada na segunda-feira (16).

“Enquanto a elevação dos preços dos alimentos no domicílio foi o principal fator de pressão inflacionária para as três classes de renda mais baixa no mês, para os outros três segmentos de renda os aumentos do grupo ‘transportes’ foram os que tiveram maior impacto”, relatou a técnica Maria Andreia Parente Lameiras, na Carta de Conjuntura do Ipea.

Itens essenciais exerceram pressão especial sobre as famílias mais pobres, como arroz (2,2%), feijão (7,1%), macarrão (3,5%), batata (18,3%), leite (10,3%), frango (2,4%), ovos (2,2%), pão francês (4,5%) e óleo de soja (8,2%).

“Os dados desagregados revelam que, para as famílias de renda mais baixa, as maiores pressões inflacionárias nos últimos doze meses residem nos grupos de alimentos e bebidas e de habitação”, descreveu Lameiras.

Da Redação, com Folha e Estadão

Tópicos:

LEIA TAMBÉM:

Mais notícias

PT Cast